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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Felicidade: o segredo para aumento de produtividade

Posted: 27 May 2014 06:54 AM PDT
Aumento de produtividade e felicidade
O artigo de hoje foi escrito por Jason Womack no portal Entrepreneur.com
Como felicidade e aumento de produtividade estão relacionadas? Se você quer aumentar a produtividade, olhe para seu modelo mental. Marco Aurélio já dizia “Pouca coisa é necessária para uma vida feliz, está tudo dentro de você, no seu modo de pensar”.
As pessoas que gostam do que fazem são muito mais produtivas do que aquelas que não tem paixão pelo trabalho. Alguma vez você ficou tão imerso no que estava fazendo que, quando percebeu, horas se passaram como se fossem minutos?
Esse tipo de imersão é a chave para a produtividade. Denis Waitley nos lembra “Pessoas felizes planejam ações, não planejam resultados”.
Uma característica em comum entre pessoas de sucesso é conhecer as “trilhas de pensamento” nas suas vidas. Assim como uma trilha física, que corta as matas depois de ano de uso, trilhas de pensamento te forçam a continuar pensando da maneira que você sempre pensou.
COMO você pensa é normalmente mais importante do que você acha, algumas vezes mais importante do que O QUE você pensa. A característica que separa os bons dos ótimos, os bem sucedidos dos que levam na boa é a habilidade de pensar que estão no caminho da jornada para o sucesso, não importa qual a definição usada de sucesso.
Uma habilidade importante é a de pensar sem agir: planejar. Como você quer ser conhecido? O que você quer fazer? O que é possível? A mudança começa com o que você diz a se mesmo e aos outros. Mude sua perspectiva e mude o que for possível.
Ouça o que você diz. Você fala de forma positiva como “Já passamos por coisas piores, então sei que tudo ficará bem”? Ou negativas do tipo “Tudo bem que o sol está brilhante agora, mas irá chover no final de semana”.
Segue um exercício de 15 minutos para determinar como você está pensando para ver o que está funcionando e o que precisa melhorar. Responda honestamente as seguintes frases:
  • A vida é…
  • Dinheiro é…
  • Mentores são pessoas que…
  • Objetivos são…
  • Trabalho é…
  • Pessoas organizadas são…
A forma que você responde dá uma ideia de como você vê o mundo. Algumas resposta que recebi de quem fez esse exercício:
  • A vida é boa / a vida é difícil
  • Dinheiro é o que usamos para criar oportunidades / Dinheiro é a fonte de todo o mal
  • Mentores são pessoas que nos guiam / Mentores são pessoas que têm dinheiro
  • Objetivos são necessários para ir mais longe / Objetivos são bacanas, mas estou sempre ocupado
  • Trabalho é o que eu faço para me expressar / Trabalho nunca tem fim
  • Pessoas organizadas são produtivas / Pessoas organizadas são um saco
Você tem alguma perspectiva sobre um aspecto da sua vida que valha a pena mudar?
Melhorar não significa que havia algo errado, apenas que é possível buscar algo novo que possivelmente seja melhor.
Para fechar, gosto do que Benjamin Disraeli disse “Ação pode não trazer felicidade, mas não existe felicidade sem ação”.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Ministro do Trabalho estende prazo do eSocial

23 DE MAIO DE 2014 - COMUNICAÇÃO CFC

Brasília – O ministro do Trabalho, Manoel Dias, apresentou novo cronograma para a implantação do eSocial, em evento realizado no dia 21 de maio, pela Fenacon. Segundo o ministro, após o fechamento do layout, que deverá durar perto de três meses, o Grupo de Trabalho e o Comitê de Gestor terão seis meses para trabalhar na proposta.
Ainda, segundo o cronograma, o prazo para a realização de testes será de seis meses e, ao final desse período, começara a obrigatoriedade para grandes empresas. O Grupo de trabalho e o Comitê Gestor estudarão condições diferenciadas para micros e pequenas empresas, dentre as quais, o microempreendedor Individual (MEI). O vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Ivânio Breda, participou do encontro e colocou o CFC à disposição para participar do processo, inclusive no grupo de trabalho. “A classe contábil terá representação em todo o processo”, avisa o vice-presidente.
O diretor político parlamentar da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Pericias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Valdir Pietrobon, elogiou a definição do novo cronograma. “É um grande avanço. Mais uma grande vitória. Mas ainda defendemos que a aplicação do eSocial deve começar primeiro pelas empresas públicas”, disse.
O presidente da Fenacon, Mario Elmir Berti, destacou o apoio total ao desenvolvimento do eSocial. “Já superamos muitas barreiras com o SPED Contábil, por exemplo, e com o eSocial não será diferente. É uma quebra de paradigmas e sua aplicação, quando estiver devidamente corrigido e em funcionamento,  vai facilitar o nosso trabalho”, disse.
Compuseram a mesa o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o secretário da Receita Federal do Brasil, Carlos Alberto Freitas Barreto, o representante do Ministério da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, o presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales e o presidente da Fenacon, Mario Elmir Berti.

terça-feira, 20 de maio de 2014

ERRO DO INSS Diferença não tem que ser devolvida


19.05.2014

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O INSS, ao conceder a pensão por morte a uma segurada, não verificou que ela já recebia benefício assistencial. Para o TNU, o erro foi do INSS
FOTO: BRUNO GOMES
São Paulo. Quem receber indevidamente aposentadoria ou pensão por erro cometido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não precisa mais devolver o dinheiro à Previdência Social. O entendimento é da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU). Formada por 10 juízes, a TNU tem por objetivo uniformizar as decisões adotadas pelos Juizados Especiais Federais em todo o País.
Em julgamento de recurso interposto por uma segurada, os integrantes do TNU reafirmaram a jurisprudência dos Juizados Especiais de que não cabe restituição ao INSS de valores recebidos a título de benefício previdenciário, em razão de sua natureza alimentar e da boa-fé do segurado em seu recebimento. Isso significa que os benefícios pagos por erro administrativo do próprio INSS, uma vez comprovado que o segurado não teve má-fé ou culpa, não podem ser mais descontados ou cobrados pelo instituto.
Recurso
A segurada que entrou com recurso no TNU recebia auxílio de amparo ao idoso desde abril de 1990. Em agosto de 2000, por ocasião do falecimento do marido, passou a receber também pensão por morte do INSS.
A Lei da Previdência Social proíbe o acúmulo dos dois benefícios. O problema foi que o INSS, ao conceder a pensão por morte, não verificou que a segurada já recebia o benefício assistencial. O instituto só percebeu o erro em março de 2007, quando suspendeu o pagamento do auxílio de amparo ao idoso e decidiu cobrar da segurada os valores pagos a mais entre 2000 e 2007. Foi quando a pensionista procurou a Justiça Federal para suspender o desconto feito pelo INSS em sua pensão. Seu pedido foi acatado em primeira instância, sendo anulado o lançamento da dívida e suspensos os descontos. Entretanto, a Turma Recursal do Paraná, atendendo pedido do INSS, modificou a decisão inicial, autorizando o INSS a descontar da pensão o que foi pago a mais pelo instituto. Isso fez com que a segurada entrasse com recurso para a revisão da sentença pelo TNU. A relatora do processo no TNU, juíza Marisa Cucio, destacou que ficou comprovado no processo que o erro foi exclusivo do INSS e a segurada não contribuiu nada para que a situação acontecesse.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Medicamentos elevam custo da família de baixa renda

SÃO PAULO - Os reajustes nos preços dos medicamentos e nas tarifas de energia elétrica residencial foram o principal impulso para a inflação percebida pelas famílias de baixa renda em abril. Os medicamentos subiram 2,45%, enquanto a tarifa de eletricidade avançou 2,41%. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) saiu de 0,85% em março para aumentar 1,05% no mês passado. Por outro lado, os alimentos desaceleraram no período.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os grupos que mais pressionaram o indicador foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 1,68%) e Habitação (0,54% para 0,73%), impactados pelos dois itens de destaque na inflação de abril. Também aceleraram Transportes (0,28% para 0,68%) e Vestuário (0,33% para 0,71%).

Ao todo, seis das oito classes de despesas pesquisadas pela FGV ganharam força na passagem do mês. Completam o quadro as classes de Despesas Diversas (0,21% para 0,36%) e Comunicação (-0,22% para -0,03%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens clínica veterinária (0,14% para 1,03%) e tarifa de telefone residencial (-0,49% para -0,12%), respectivamente.

No sentido contrário, o grupo Alimentação desacelerou de 1,85% para 1,69%, influenciado pelas hortaliças e legumes (19,55% para 5,52%). O tomate teve queda de 3,59%, enquanto a batata-inglesa subiu 25,17%. Apesar disso, o leite longa vida ainda ganhou força e subiu 6,78% em abril.

Por fim, o grupo Educação, Leitura e Recreação teve queda de 0,40%, após subir 0,85% em março. A principal contribuição veio das passagens aéreas, com recuo de 29,23%, após alta de 13,34% em março.

A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 acelerou de 5,10% em março para 5,57% até abril de 2014.

Data: 13/05/2014
Fonte: DCI

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Receita Federal entende que incide INSS sobre aviso prévio.

A Receita Federal entende que o aviso prévio indenizado (não trabalhado) integra a base de cálculo das contribuições sociais recolhidas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O entendimento é contrário ao da 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que em fevereiro julgou o tema por meio de recurso repetitivo.

A interpretação da Receita está na Solução de Consulta nº 1.004, publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União. Assim, o risco de autuação permanece, mesmo após a decisão do STJ.

A norma publicada vincula-se à Solução de Consulta da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) nº 15, de 2013.

No julgamento pela Corte superior, a União chegou a questionar o efeito "repetitivo" da decisão. Isso porque apenas seis dos 11 ministros da 1ª Seção puderam votar no caso. Mas o pedido foi negado.

Mais de dois mil processos sobre tema estavam suspensos só na segunda instância. No dia 2 de maio, foram expedidas comunicações aos presidentes dos tribunais do país sobre o julgamento. No caso, o STJ decidiu que a verba não tem caráter remuneratório, por não retribuir o trabalho, mas sim reparar um dano.

Por nota, a Receita Federal justifica que, de acordo com a Portaria Conjunta da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da Receita nº 1, de 2014, a vinculação das atividades da Receita aos entendimentos desfavoráveis proferidos sob a sistemática do recurso repetitivo, "somente ocorrerá a partir da ciência da nota explicativa a ser emitida pela PGFN, que ainda não a emitiu".



Fonte: Valor Econômico, por Laura Ignacio, 09.05.2014

A importância de controlar o estoque

A importância de controlar o estoque

controlar o estoque
Você já ouviu a máxima de que estoque é dinheiro, certo? Em excesso representa recursos parados. Se for insuficiente, significa perda de vendas ou problemas na produção por falta de matéria-prima. Sendo assim, a calibragem desse quesito refletirá nas finanças do negócio. Infelizmente, tal controle é falho em muitas micro e pequenas empresas. Confira então a razão da importância de controlar o estoque e como fazer isso.
O gerenciamento eficiente começa com a previsão de demanda. Calcular bem quantidades é muito importante, principalmente, quando se trata de produtos perecíveis ou dependentes de moda. Para fazer o cálculo, você pode partir do seguinte raciocínio: suponha que sua loja venda, em média, cinco unidades de um produto por dia e o tempo de reposição do fornecedor é de dois dias. O pedido para recompor o estoque deverá ser feito quando houver dez unidades no estabelecimento. Você pode trabalhar com mais mercadoria como margem de segurança para casos de atraso ou procura extra pelo consumidor.
Lembre-se de que o espaço físico é determinante, já que interfere no volume e nas condições de armazenamento. Deve estar organizado por tipo de artigo, com seus lugares definidos e uma lógica para facilitar a visualização, acesso e monitoramento. Com tudo em ordem, os espaços podem ser mais bem aproveitados, inclusive para outras finalidades.
Além do controle visual, o estoque deve ser acompanhado por meio de fichas ou sistema informatizado. É fundamental que os registros espelhem o que existe fisicamente. Não pode haver saída ou entrada sem contabilização. A precisão dessas informações evita que se enfraqueça a noção da necessidade de capital de giro e da demanda por algum item. Outro ponto crucial é fazer inventários periódicos para identificar perdas ou furtos; quando aparecerem diferenças, estas devem ter a causa investigada. Além disso, é muito útil para as finanças e planejamento de gastos constar o custo de aquisição das mercadorias. Outro princípio que você pode adotar: quando o dinheiro disponível estiver baixo, o estoque não deve estar alto.
Gerir bem esta área só trará benefícios para o caixa da empresa. Cuide disso.
Sebrae 05/04/2014

11 de maio Dias das Mães


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Alteração dos valores da tabela do imposto sobre a renda da pessoa física

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Presidência da RepúblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
Exposição de Motivos
Altera os valores da tabela do imposto sobre a renda da pessoa física; altera a Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, e a Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: 
Art. 1º  O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos de pessoas físicas será calculado de acordo com a seguinte tabela progressiva mensal, em reais, a partir do ano-calendário de 2015: 
Tabela Progressiva Mensal
Base de Cálculo (R$)
Alíquota (%)
Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até 1.868,22
-
-
De 1.868,23 até 2.799,86
7,5
140,12
De 2.799,87 até 3.733,19
15
350,11
De 3.733,20 até 4.664,68
22,5
630,10
Acima de 4.664,68
27,5
863,33

Parágrafo único.  O imposto sobre a renda anual devido incidente sobre os rendimentos de que trata o caput deste artigo será calculado de acordo com tabela progressiva anual correspondente à soma das tabelas progressivas mensais vigentes nos meses de cada ano-calendário. 
Art. 2º  A Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 6º  ..........................................................................
..............................................................................................
XV - ...............................................................................
..............................................................................................
h) R$ 1.787,77 (mil, setecentos e oitenta e sete reais e setenta e sete centavos), por mês, para o ano-calendário de 2014; e
i) R$ 1.868,22 (mil, oitocentos e sessenta e oito reais e vinte e dois centavos), por mês, a partir do ano-calendário de 2015;
...................................................................................” (NR) 
Art. 3º  A Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 4º  ..........................................................................
..............................................................................................
III - ................................................................................
........................................................................................
h) R$ 179,71 (cento e setenta e nove reais e setenta e um centavos), para o ano-calendário de 2014; e
i) R$ 187,80 (cento oitenta sete reais e oitenta centavos), a partir do ano-calendário de 2015;
........................................................................................
VI - ................................................................................
........................................................................................
h) R$ 1.787,77 (mil, setecentos e oitenta e sete reais e setenta e sete centavos), por mês, a para o ano-calendário de 2014; e
i) R$ 1.868,22 (mil, oitocentos e sessenta e oito reais e vinte e dois centavos), por mês, a partir do ano-calendário de 2015;
.............................................................................” (NR) 
“Art. 8º  ..........................................................................
........................................................................................
II - ..................................................................................
..............................................................................................
b) ..................................................................................
........................................................................................
9. R$ 3.375,83 (três mil, trezentos e setenta e cinco reais e oitenta e três centavos) para o ano-calendário de 2014; e
10. R$ 3.527,74 (três mil, quinhentos e vinte e sete reais e setenta e quatro centavos) a partir do ano-calendário de 2015;
c) ...................................................................................
........................................................................................
8. R$ 2.156,52 (dois mil, cento e cinquenta e seis reais e cinquenta e dois centavos) para o ano-calendário de 2014; e
9. R$ 2.253,56 (dois mil, duzentos e cinquenta e três reais e cinquenta e seis centavos) a partir do ano-calendário de 2015;
.............................................................................” (NR) 
“Art. 10.  ........................................................................
........................................................................................
VIII - R$ 15.880,89 (quinze mil, oitocentos e oitenta reais e oitenta e nove centavos) para o ano-calendário de 2014; e
IX - R$ 16.595,53 (dezesseis mil, quinhentos e noventa e cinco reais e cinquenta e três centavos) a partir do ano-calendário de 2015.
.............................................................................” (NR) 
Art. 4º  A Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º  .........................................................................
........................................................................................
VIII - para o ano-calendário de 2014:
............................................................................” (NR) 
Art. 5º  Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 30 de abril de 2014; 193º da Independência e 126º da República. 
DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega

Este texto não substitui o publicado no DOU de 2.5.2014

terça-feira, 6 de maio de 2014

Farmácias devem ter um manual de operações

Data: 28/04/2014

Fonte: Site Sebrae

Segundo a Anvisa, um Manual de Boas Práticas Farmacêuticas específico para o estabelecimento deve ser elaborado.

De acordo com a resolução RDC 44/09 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deve ser elaborado Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, específico para o estabelecimento, visando ao atendimento ao disposto na Resolução, de acordo com as atividades a serem realizadas.

O estabelecimento deve manter Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), de acordo com o previsto no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, no mínimo, referentes às atividades relacionadas a:

Manutenção das condições higiênicas e sanitárias adequadas a cada ambiente da farmácia ou drogaria;
Aquisição, recebimento e armazenamento dos produtos de comercialização permitida;
Exposição e organização dos produtos para comercialização;
Dispensação de medicamentos;
Destino dos produtos com prazos de validade vencidos;
Destinação dos produtos próximos ao vencimento;
Prestação de serviços farmacêuticos permitidos;
Utilização de materiais descartáveis e sua destinação após o uso.

Os POPs devem ser aprovados, assinados e datados pelo farmacêutico responsável técnico. Qualquer alteração introduzida deve permitir o conhecimento de seu conteúdo original e, conforme o caso, ser justificado o motivo da alteração. Devem estar previstas as formas de divulgação aos funcionários envolvidos com as atividades por eles realizadas. Deve estar prevista revisão periódica dos POPs para fins de atualização ou correções.

O estabelecimento deve manter registros, no mínimo, referentes a:

Treinamento de pessoal;
Serviço farmacêutico prestado, quando houver;
Divulgação do conteúdo dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) aos funcionários, de acordo com as atividades por eles realizadas;
Execução de programa de combate a insetos e roedores;
Manutenção e calibração de aparelhos ou equipamentos, quando exigido; e
Toda documentação deve ser mantida no estabelecimento por no mínimo cinco anos, permanecendo à disposição para fiscalização.

Felicidade no trabalho – entenda sua influência na produtividade

Felicidade resulta em melhor produtividade no trabalho? A resposta com certeza é sim! E não por acaso, recente estudo publicado em uma das maiores revistas de negócios do mundo, a inglesa Management Today, afirma que pessoas infelizes são 40% menos produtivas, enquanto que , pessoas felizes são em geral mais bem-sucedidas no trabalho, e conseguem alcançar o dobro da produtividade.
Segundo a publicação, pessoas infelizes trabalham efetivamente apenas dois dias da semana, dos cinco possíveis, e produzem bem menos que seus colegas mais contentes.Um dos fatores que contribuem para esta insatisfação é a falta de feedback do superior quanto aos resultados alcançados em determinada tarefa e do reconhecimento da participação do colaborador no alcance da meta.
 A grande questão é que nem todo gestor acredita que a felicidade no trabalho seja um alimentador importante na produtividade do colaborador, desse modo, muitos talentos vão sendo perdidos para a concorrência. Investir na satisfação da equipe exige bem menos dispêndio financeiro e mais atenção e tempo por parte do líder. A premissa não é: se está insatisfeito procure outro trabalho, e sim, se está insatisfeito o que podemos fazer para mudar essa situação?.
Motivação
A forma de motivar seus colaboradores é o grande diferencial de uma empresa, e várias ações podem ser direcionadas pelo líder, para influenciar num bom ambiente de trabalho. Entre eles estão: criar no grupo um senso de propósito comum, o que envolve a definição de metas e objetivos e do papel de cada colaborador na sua concretização; incentivar a competição com a concorrência; criar sistemas de incentivos e recompensas; ter o reconhecimento externo pela produtividade, através de prêmios, por exemplo; receber por parte do superior, o reconhecimento pelo alcance de uma determinada meta e de que seu trabalho para alcançá-la não é apenas uma obrigação, mas parte de sua capacidade e empenho para a concretização do objetivo, entre outros, são alguns dos fatores de motivação, que fazem um colaborador, mais ou menos, produtivo em seu trabalho.
Podemos unir a tudo isso ainda, um bom relacionamento do líder com os colaboradores, que inclui estar atento ao desenvolvimento da equipe, certificando-se de que independente das discussões salariais, pelo menos uma vez por ano, o gestor tenha uma conversa com cada um de seus colaboradores para observar nestes: quais são suas aspirações, o que aprenderam nos últimos dozes meses, quais são seus objetivos dentro da corporação e de que forma a empresa poderá ajudá-lo no desenvolvimento de suas potencialidades e metas profissionais e pessoais.
Essa valorização permite a retenção do colaborador e que este, tenha a certeza da importância de sua participação no processo de realizações e crescimento da empresa; que seu trabalho, esforços e desempenho estão sendo observados, e que tudo que faz é parte fundamental para o desenvolvimento do todo. Do contrário, se mantiver uma postura indiferente, a empresa corre o risco de criar um ambiente pouco produtivo, perder colaboradores capacitados para a concorrência e gastar mais tempo e dinheiro com novos recrutamentos.
 Blog Carreiras
José Roberto Marques

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Empresas aposentam o departamento de RH.

Às vezes, a única coisa pior que ter um departamento de recursos humanos é não ter nenhum. Quando a LRN Corp., empresa de 250 funcionários que ajuda companhias a desenvolver programas de ética e cumprimento de normas, fez uma reestruturação, alguns anos atrás, ela eliminou a maioria dos nomes de cargos e departamentos. Ela também acabou com seu departamento de RH, que cuidava, entre outras, das tarefas ligadas a contratações e remunerações.

"Queríamos trazer as questões de pessoal para o meio do negócio", diz David Greenberg, vice-presidente executivo da LRN, que é sediada em Los Angeles. Empresas que tentam tornar suas estruturas de gestão mais horizontais e fazer seus funcionários se sentirem mais responsáveis frequentemente se voltam contra o RH.

Executivos dizem que o departamento tradicional de RH - que reivindica domínio sobre tudo o que se refere a contratações e demissões até o fomento da diversidade no ambiente de trabalho - retarda a inovação e engessa o negócio com políticas e processos ineficientes. Ao mesmo tempo, a pujante indústria de software de RH tornou mais fácil do que nunca automatizar ou terceirizar funções relativas à área, como folha de pagamento e administração de benefícios.

Alguns empregados da LRN dizem sentir muita falta de uma equipe de RH na empresa, principalmente quando se trata das responsabilidades do dia a dia da área, como mediar conflitos e resolver problemas de pagamento. A LRN e outras empresas que estão se desfazendo do RH estão procurando, também, resolver esses problemas durante o processo.

A Ruppert Landscape, uma empresa de paisagismo fundada há 11 anos e com 900 funcionários, nunca teve um departamento de RH tradicional. Em vez disso, os gerentes tinham que conciliar tarefas como renovação de contratos e recrutamento de talentos e ao mesmo tempo garantir que a grama dos clientes era cortada na altura certa.

O diretor-presidente, Craig Ruppert, diz que uma estrutura descentralizada estimula a autonomia e a responsabilidade entre os líderes em toda a empresa, que é sediada no Estado de Maryland e atende os mercados de Filadélfia a Atlanta. Ele estima que seus gerentes gastem 5% do tempo em assuntos relacionados a recursos humanos.

"Eu simplesmente tenho dificuldade em entender como alguém num escritório a dois ou quatro Estados de distância pode resolver melhor o problema de um funcionário do que alguém que tem um interesse legítimo naquela pessoa", diz.

Em 2012, os empregadores dos Estados Unidos tinham uma mediana de 1,54 profissional de RH para cada 100 funcionários, comparado com um mínimo de 1,24 em 2009, durante a recessão, segundo a Sociedade para a Gestão de Recursos Humanos (SHRM). A mediana do salário anual deles era de US$ 51 mil, mostram estatísticas do governo.

Empresas novatas geralmente começam sem uma equipe de RH, mas a SHRM aconselha empresas a contratar um profissional da área quando atingirem 15 empregados, ponto em que as questões de pessoal se tornam complexas o suficiente para exigir conhecimentos especializados.

"Quando você cogita eliminar partes do RH, você tem que pensar no risco financeiro e estratégico", diz Steve Miranda, diretor-gerente do Centro para Estudos Avançados de Recursos Humanos da Universidade Cornell, nos EUA, e ex-executivo de RH da Lucent Technologies, hoje parte da Alcatel-Lucent.

Os gestores geralmente não têm o conhecimento especializado fundamental para manter a empresa competitiva e no lado certo da lei, diz. Se eles não compreendem, por exemplo, as últimas regras de uma nova lei de licença médica do governo, eles podem tornar a empresa vulnerável a processos legais. Se eles não sabem onde encontrar engenheiros qualificados, eles podem acabar ficando para trás na briga por talentos.

A Outback Steakhouse, rede de restaurantes da Bloomin′ Brands Inc., não tinha departamento de RH antes de 2008, mas criou um não muito tempo depois de ter sido processada pela Comissão de Oportunidades Iguais no Emprego, uma agência do governo americano, por discriminar funcionários conforme o sexo. Em 2009, a Outback pagou US$ 19 milhões para encerrar o caso e concordou em contratar um executivo de RH.

Problemas interpessoais podem ser tratados de forma diferente na ausência de um mediador da área de RH. A Klick Health, agência de marketing de Toronto, no Canadá, especializada na área de saúde, trocou seu departamento de RH por dois "zeladores", funcionários com experiência em serviços a clientes e cuja função é criar o que o diretor-presidente, Leerom Segal, chama de um ambiente de trabalho "sem atritos" para os empregados. Para esses zeladores, isso significa tarefas que vão desde elaborar planos de desenvolvimento de carreira até escolher o presente para o cônjuge de um funcionário.

Quando acontecem conflitos entre empregados ou entre subordinados e gestores, Segal espera que sejam resolvidos pelos próprios envolvidos. "Pedimos aos líderes que identifiquem qualquer problema potencial de relacionamento cedo", diz, e transfiram as pessoas para equipes diferentes se esses problemas não puderem ser resolvidos rapidamente.

Ex-funcionários da Klick aplaudem a filosofia criativa que alimenta a cultura da empresa, mas dizem que, às vezes, a impressão é de que era cada um por si. Neville Thomas, que foi diretor de programas da Klick até 2013, de vez em quando tinha que punir ou demitir seus subordinados diretos. Sem uma equipe de RH, diz, ele receava ficar exposto a processos. "Não há um departamento pessoal para te treinar", diz. "Quando você tem uma pessoa de RH, existe um ponto de contato que é confidencial."

"Você tenta criar uma cultura aberta para que todos os funcionários possam se sentir à vontade ao recorrer aos seus gestores ou à direção para tirar dúvidas e pedir ajuda na resolução de conflitos", diz Segal, da Klick. E embora os gestores às vezes acreditem que os departamentos de pessoal emperrem a empresa, prosseguir sem eles pode levar à estagnação, segundo uma ex-funcionária da LRN.

O processo de recrutamento da empresa, por exemplo, tornou-se longo e confuso, diz ela, já que os empregados tinham que descobrir quais habilidades e salário um novo funcionário deveria ter. E os executivos da empresa viraram "os tomadores de decisões finais para tudo", diz ela, o que criava gargalos.

Greenberg, da LRN, diz que a empresa "é definitivamente uma obra em andamento" e que suas próprias métricas mostram que ela tem que fazer mais para fomentar a confiança entre funcionários. Ele acrescenta que a empresa acabou de contratar uma profissional "para se concentrar em todas as coisas relacionadas a pessoas na LRN". Ela, porém, não é chamada de executiva de recursos humanos. Na verdade, ela não tem título nenhum.


Fonte: Valor Econômico/The Wall Street Journal, por Lauren Weber e Rachel Feintzeig, 14.04.2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

13 frases altamente inspiradoras de Steve Jobs

Posted: 30 Apr 2014 10:52 AM PDT

Frases altamente inspiradoras de Steve Jobs
Essa lista foi publicada originalmente no portal Entrepreneur.com


1 – “Criatividade é simplesmente conectar as coisas. Quando você pergunta a pessoas criativas como eles fizeram algo, eles se sentem culpados por não terem realmente feito aquilo, eles só viram algo. Depois de um tempo, aquilo pareceu óbvio.”

2 - “Lembrar que você vai morrer é a melhor forma de evitar a armadilha de acreditar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.”

3 - “Seja muito exigente com a qualidade. Algumas pessoas não estão acostumadas a um ambiente em que a excelência é esperada.”

4 - “Você não pode conectar os pontos olhando para frente; apenas olhando para trás. Por isso, você precisa confiar que de alguma forma os pontos irão se conectar no futuro. Você precisa confiar em algo, sua intuição, destino, vida, karma, o que for.”

5 - “O trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida e a única forma de ser realmente feliz é fazer o que você acredita que seja um ótimo trabalho. E a única forma de fazer um ótimo trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se acomode. Assim como tudo relacionado ao seu coração, você saberá quando encontrar.”

6 - “Ser o homem mais rico do cemitério não importa para mim. Ir para a noite sabendo que fizemos algo maravilhoso é o que importa.”

7 - “Eu sou tão orgulhoso das coisas que não fizemos quanto das coisas que fizemos. Inovação é uma questão de dizer ‘não’ para milhares de coisas.”

8 - “Eu acho que se você faz algo e aquilo fica muito bom, você deve fazer outra coisa maravilhosa, não enrole por muito tempo vendo seu sucesso. Simplesmente descubra qual o próximo passo.”

9 – “Ser demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. O peso de ser bem sucedido deu lugar à leveza de ser novamente um iniciante. Isso me libertou para entrar em um dos períodos mais criativos da minha vida.”

10 - “Qualidade é mais importante do que quantidade. Um gol é muito melhor do que duas bolas na trave.”

11 - “Quando eu tinha 17 li uma frase que falava algo como: viva todo dia como se fosse o último, um dia você estará certo. Isso me marcou, desde lá, pelos últimos 33 anos, eu me olho no espelho todos os dias e me pergunto: se hoje fosse o último dia da minha vida, eu gostaria de fazer o que estou prestes a fazer?

12 - “Estou convencido que metade do que separa empreendedores de sucesso dos que ficam pelo caminho é uma mera questão de perseverança.”

13 - “Eu quero deixar uma marca no universo.”.

À MEIA-NOITE MULTAREI SUA EMPRESA

Época - 28/04/2014 14h38 - ATUALIZADA EM: 28/04/2014 14h49 - POR CRISTIANE BARBIERI
Macarrões coloridos vendidos em todo o mundo ganham tons de vermelho, laranja e verde graças a beterraba, cenoura e espinafre. Um pouco de legumes e verduras misturado à massa e voilà: o prato ganha cor e sabor. No Brasil, um outro ingrediente quase deu novas opções de cores ao macarrão feito por um dos maiores fabricantes do país: imposto. Ao saber que parte do trigo usado pela empresa era importado - e que seria misturado ao trigo nacional num silo de armazenagem -, o fiscal da Receita estadual deu a prosaica orientação: que o trigo vindo de fora recebesse um spray de tinta comestível. O motivo era simples. Quando a matéria-prima importada é misturada com a brasileira, torna-se impossível saber o percentual de nacionalização do produto final e, assim, tributá-lo de acordo com a norma que tentou acabar com a Guerra dos Portos. Assim, se o macarrão ou o bolo pronto ganhasse uma corzinha diferente - quem sabe um tom pastel - que mal faria à empresa? 
Pode parecer piada, mas aconteceu de verdade, segundo o diretor jurídico de um dos maiores fabricantes de alimentos do país afirmou, num workshop recente no escritório Tozzini Freire Advogados. Específico sobre temas tributários atuais, o seminário lotou. Os participantes, dezenas, eram empregados graduados das maiores corporações brasileiras. Cada um deles parecia ter uma história bizarra para contar. Outro ponto em comum: eles tinham medo de aparecer na reportagem – embora todos, sem exceção, reclamassem do volume de trabalho, do desperdício de tempo e dinheiro e da falta de sentido do sistema tributário brasileiro. Para esta reportagem, NEGÓCIOS pediu a mais de 30 empresas que falassem sobre seu calvário tributário. Entre elas, Petrobras, JBS, Vale, Itaú, BR Distribuidora, Ipiranga, Kroton, Nextel e Multiplus. Todas têm contenciosos e planejamentos tributários grandes e públicos. Todas se recusaram a falar. Aliás, o difícil é encontrar uma empresa brasileira grande ou de médio porte que não tenha uma briga envolvendo impostos na Justiça. “Não existe”, diz Ana Cláudia Utumi, sócia do Tozzini.
Uma mistura de tradição de discussão por vias judiciais, complexidade de regras, dificuldade de diálogo, interpretações múltiplas da mesma lei e altíssima tecnologia da Receita fizeram com que os litígios tributários se tornassem “algo tão brasileiro como o fio dental ou o samba”, segundo a revista britânica The Economist. O título da reportagem era Nada é certo. É exatamente isso que investidores brasileiros e estrangeiros encontram: pior do que a carga alta, a incerteza sobre quanto pagarão de tributos em cada uma de suas operações corporativas. “O princípio da certeza é uma das premissas básicas que existem sobre tributação e vem de Adam Smith: ‘o tributo tem de ser certo para o Fisco e para o contribuinte’”, diz Everardo Maciel, ex-superintendente da Receita Federal, apontado e aplaudido pela grande maioria dos especialistas como um dos modernizadores da entidade.


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Tributos (Foto: Divulgação)
Apesar de a Receita ter meta de arrecadação, os fiscais têm meta de execução de procedimentos. Entre eles, o tempo gasto em diligências, ou se a autuação teve aderência de acordo com a lei. “O auditor-fiscal informa, hora a hora, onde está investindo seu tempo e esforço”, diz Iágaro Martins, da RF  


Só que a certeza sobre o valor a ser pago – mesmo quando se tem a melhor equipe de contabilidade, os mais renomados tributaristas ou uma boa apuração – inexiste no Brasil. Apesar de as empresas que fazem suas declarações por lucro real (o IR e a CSLL são calculados com base no resultado da companhia depois de deduzidos custos e despesas) estarem submetidas a uma alíquota-padrão de 34% (25% de IR mais 9% de CSLL), são poucas as que efetivamente pagam esse percentual total. Isso porque há receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, outros impostos e milhares de regras e exceções no caminho.
Entre 2010 e 2012, as alíquotas médias das empresas que compõem o índice IBrX, das cem ações mais negociadas na bolsa, foi de 26%. Nos bancos, a tributação média chegou a 40%, mas, dependendo do caso, foi um pouco maior ou muito menor. “Quando eu comecei na carreira, nos anos 90, o trote com os estagiários era mandá-los ir atrás do “Lapis”, o Livro de Apuração do PIS [leia o dicionário abaixo]. Era uma piada, porque só havia uma regra. Hoje, no cálculo do PIS/Cofins há tantas exceções que elas se tornaram as regras”, diz Ana Cláudia. Em outras palavras, agora são necessários não só livros, como seminários, conferências, blogs e fóruns na internet para entender não só o PIS, é claro, mas toda a complexidade do sistema que recai sobre as empresas. Um cálculo do economista Paulo Rabello de Castro, que estuda o tema há mais de 25 anos, estima que os custos dos cumprimentos tributários (que ele chama de “manicômio”) reduzam o crescimento do PIB entre 1 e 2 pontos percentuais ao ano. Só para deixar claro: estamos falando de um valor na casa dos R$ 90 bilhões. Por ano. E da diferença para se chegar ao Pibão, tão almejado pelo governo. Segundo a Fiesp, a estrutura necessária para pagar impostos custou R$ 25 bilhões à indústria em 2012, o equivalente a 10% da folha de pagamento do setor e o dobro do investido em pesquisa.
Com a constatação de que podem pagar menos impostos dependendo da manobra, é claro que as empresas tentam… pagar menos imposto. Surgem então os planejamentos tributários que carregam nas interpretações pró-contribuinte das leis. Quando a Receita entende de maneira diferente, autua a empresa e lá vão ambas para brigas judiciais ou administrativas. “As empresas perderam o medo de reclamar com o plano Collor”, diz Glaucia Frascino, sócia do escritório Mattos Filho. “Com o bloqueio das contas, elas acharam na Justiça a possibilidade de buscar respostas que até então não tinham.”
Tributos (Foto: Ilustrações: Gabriel Goés)
O diálogo só se estabelece com discussões legais. “A fiscalização e qualificação dos profissionais da Receita melhoraram muito nos últimos anos”, diz Ana Cláudia. “A única coisa que não melhorou foi a interlocução com o Fisco e a possibilidade de sentar com o contribuinte e entender assuntos que são de seu interesse.” Segundo Glaucia, os Refis (Programa de Recuperação Fiscal) acabam fazendo esse papel de “negociador” de maneira meio torta. Para os representantes da Receita, é uma forma de proteger o próprio erário. “Para a administração pública, não pode existir atividade negocial [sobre os tributos] porque geraria brechas para ilícitos das duas partes”, diz Luiz Antonio Benedito, diretor de estudos técnicos do Sindifisco Nacional. Os agentes do Fisco vão mais longe. “Em todas as administrações tributárias do mundo é assim, a percepção de que há risco em não cumprir a lei tributária faz com que as pessoas cumpram de forma espontânea suas obrigações”, escreveu por e-mail Iágaro Jung Martins, coordenador-geral de fiscalização da Receita. Ou seja, é preciso manter a tensão.
Porém, os especialistas dizem que nos países desenvolvidos há negociações que permitem à empresa saber se sua atuação está correta e o quanto vai pagar de imposto. “Nenhuma empresa no Brasil pode garantir que está com 100% de suas obrigações cumpridas”, diz Glaucia. Mauricio Chapinoti, sócio do Tozzini, diz que vê, praticamente toda semana, investidores estrangeiros desistindo do Brasil por conta dessa incerteza. Mais um prejuízo a acrescentar à conta de Rabello de Castro.
Tanto as Receitas estaduais quanto a federal afirmam que estão abertas a consultas. Para elas, as respostas saem num prazo rápido e atendem aos interesses de todos os contribuintes. “A administração não quer dar um ‘peguei’ em ninguém”, diz Benedito. “Mas somos um órgão fiscalizador, sem natureza consultiva.” Para as empresas, mesmo as consultas à Receita previstas demoram para ser apreciadas e as respostas dadas são sempre as mais conservadoras possíveis. “A situação do ‘nós contra eles’ é complicada”, afirma Ana Cláudia.
O efeito da soma dos fatores é perverso. “O problema dos tributos no Brasil é muito maior do que a carga”, diz Rabello de Castro. “O sistema tributário é complexo, variado, interligado e em cascata [sem desconto sobre a etapa anterior]. Geram-se dezenas, senão centenas de regras que precisam ser cumpridas.” Numa estatística bastante conhecida do Banco Mundial, o Brasil aparece como o campeão em número de horas gastas para apurar e pagar tributos. São 2.600 por ano, ante 1.025 na Bolívia, a segunda colocada (leia gráfico "Campeão dos Campeões").


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Tributos (Foto: Divulgação)
As ferramentas digitais de auditoria usadas pela Receita Federal não existem no mercado. São desenvolvidas por fiscais especializados e nelas são agregadas informações de milhares de procedimentos. O investimento em sua atualização também é pesado. Na Receita paulista, 3,5 mil fiscais recebem pelo menos 30 horas de treinamento ao ano 


Na prática, o cenário é mesmo de manicômio. A Natura, por exemplo, tem 70 pessoas contratadas para ler e interpretar a legislação, capacitar, ser a área consultiva para os contratos, fazer o processo de apuração, checagem e recolher as obrigações acessórias, bem como para cuidar de contenciosos, defender autos de infração e negociar com 27 secretarias da Fazenda. “Tenho 1,2 milhão de consultoras, em 27 estados, comprando e vendendo produtos e eu recolho o imposto delas”, afirma Lucilene Silva Prado, diretora de assuntos jurídicos da Natura. “Imagine o tamanho da estrutura e da organização que preciso ter para recolher, por substituição tributária, o imposto de quem vendeu maquiagem.”
Parte dessa estrutura, que custa R$ 21 milhões à Natura por ano, são especialistas seniores em tecnologia, que montam a arquitetura da plataforma pela qual a empresa lança as notas fiscais automaticamente repassadas à Receita. Por dia, são 100 mil notas fiscais. Em épocas como Natal e Dia das Mães, são 130 mil notas diárias, cada uma com 30 itens. “Por trás de toda essa estrutura temos mecanismos de controle padronizados que checam se estamos de acordo com legislações federais, municipais e de 27 estados diferentes. Porque, senão, lá vem auto de infração”, diz Lucilene.
Tributos (Foto: Ilustrações: Gabriel Goés)
Mesmo toda essa estrutura – que conta ainda com a assessoria de grandes escritórios – não impediu a Natura de ser autuada. Na virada do ano, a empresa foi multada em R$ 628 milhões por diferenças no recolhimento de IPI, PIS e Cofins em 2008. A Receita Federal questiona a forma como a empresa está organizada: a operação comercial é separada da industrial em pessoas jurídicas distintas, o que permite ter uma base de cálculo de tributos menor. Detalhe: em 2005, a Natura já havia sido autuada pelo mesmo motivo. Mas, por atender à legislação e ter estruturas separadas na prática, fora absolvida no Carf, o tribunal administrativo ligado ao Ministério da Fazenda e, consequentemente, à Receita. No dia da nova autuação, suas ações caíram quase 5%.
Até que as decisões judiciais sejam vistas, revistas e dadas como pacificadas, as Receitas federal e estaduais continuam multando o contribuinte, por interpretarem que cada decisão vale apenas para o caso em questão. “Os auditores-fiscais lidam com as decisões do Carf ou do Poder Judiciário como qualquer outro operador do direito”, escreveu Martins. “As decisões proferidas são objeto de intenso estudo e de ampla divulgação para a fiscalização. Obviamente há decisões com que não concordamos e buscamos formas de aprimorar nossa atuação para que os julgadores possam melhor debater o assunto ou a necessidade de alterarmos nossa atuação.” Para Jair Cardoso, sócio do Jair Cardoso & Advogados e superintendente da Receita no Rio Grande do Sul por 18 anos, o Fisco leva muito tempo para se adequar a decisões polêmicas pacificadas.
No caso da Natura, o entendimento da Receita de que os tributos devem ser recolhidos como se distribuição e produção fossem uma atividade única pode afetar não só a empresa, como vários fabricantes de cosméticos, cuja cadeia foi estruturada da mesma maneira. Esse, inclusive, é um dos motivos que tem levado as companhias a evitar falar sobre a Receita e seus contenciosos: há muitos casos importantes em tramitação (alguns há décadas) e que podem mudar a estrutura produtiva de vários setores. Os números de algumas autuações recentes são impressionantes. No Itaú, uma multa chegou a R$ 18,7 bilhões. Na Petrobras, a dívida com o Fisco somaria R$ 7,9 bilhões; e na Vale, R$ 9,8 bilhões.
O caso da Vale é um dos mais impressionantes: se forem somados juros e multas, o valor a ser desembolsado ao Fisco supera os R$ 30 bilhões. “Imagine se alguma empresa faz provisão na casa dos bilhões...”, diz o diretor jurídico de uma multinacional brasileira também autuada, que pede sigilo “por medo de se indispor com o Fisco”. “Se a Receita ganhar até a última instância e essas multas forem aplicadas, o governo simplesmente corre o risco de acabar com as multinacionais brasileiras: vai eliminar sua capacidade de investir por anos, acabar com sua imagem frente aos investidores da bolsa e inviabilizar algumas operações internacionais, mesmo com tamanho esforço e tantas críticas que tem enfrentado para ajudar a erguê-las”, afirma, referindo-se à política de empréstimos do BNDES aos campeões nacionais.
Isso porque a Vale não está sozinha nos procedimentos que levaram à multa bilionária – aplicada pelo não recolhimento de tributos sobre o lucro de subsidiárias no exterior. No mesmo barco estão Gerdau, Itaú Unibanco, Ambev, CSN, Braskem, Marcopolo, Marfrig, Fibria e WEG, entre outras. As autuações somadas chegam a R$ 70 bilhões. Por trás da disputa estão, mais uma vez, entendimentos diferentes da lei. As empresas alegam que só devem pagar imposto quando internalizam o lucro gerado fora. Já a Receita Federal exige o pagamento no momento em que o resultado é auferido.
Em setembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se com empresários para propor soluções ao problema da tributação a subsidiárias no exterior. Em uma das propostas, caso os débitos sejam quitados à vista, será oferecida isenção de juros e multas, o que levaria o passivo de R$ 70 bilhões para R$ 25 bilhões. A ideia é que as empresas decidam sobre a adesão até novembro, porque o governo tem pressa. A arrecadação menor, com as desonerações e a economia fraca, obrigará a um grande esforço fiscal, caso se queira que o superávit primário alcance os 2,3% do PIB, como estabelecido. Isso fez com que fossem aceleradas as negociações de grandes contenciosos, capazes de gerar volume de arrecadação à União.
Personagens de terror (Foto: Ilustrações: Gabriel Goés)
Foi exatamente a necessidade de mais recursos para o poder público, promovida pela Constituição de 1988, que resultou na necessidade de arrecadação maior. Mas, se a carga cresceu nos últimos anos, a complexidade do sistema vem de décadas. “A estrutura tributária brasileira nunca foi simples, mas tem piorado graças ao efeito puxadinho”, diz Rabello de Castro. “Ele começou nos anos 80, quando o governo não conseguiu debelar pelo lado do dispêndio a crise fiscal e criou o Finsocial, irmão mais velho da Cofins. Os puxadinhos tributários começaram a pulular por todos os lados, motivados pelo excesso de gastos incontidos do Estado.”
Além do emaranhado de leis, normas e exceções a serem seguidas, as empresas também passaram a ser responsáveis pelo recolhimento antecipado de tributos, com a substituição tributária. As notas fiscais eletrônicas, por sua vez, são enviadas ao Fisco minuto a minuto, cada vez que uma delas é emitida. “O Brasil é certamente o país mais avançado no uso de tecnologia, mas também é o que tem mais complicação”, diz Maciel. Somada ao SPED (o sistema de escrituração digital), às informações imobiliárias, às dos cartões de crédito corporativo, produzem um sistema único no mundo de sofisticação tecnológica. “A substituição tributária foi uma maneira muito inteligente que a Receita encontrou para reduzir a sonegação”, diz Luiz Eduardo Trindade, sócio do Jair Cardoso & Advogados. “Ela não precisou inchar seus quadros, diminuiu a possibilidade de fraudes e passou ao contribuinte a responsabilidade por qualquer informação incorreta.”
Tanto o preparo e a capacidade dos funcionários da Receita quanto a tecnologia de que ela dispõe são elogiados em unanimidade: ao incluir mais contribuintes na base, diminui-se a competição desleal causada pela sonegação e todos tendem a pagar menos. Porém, há um efeito negativo. “O Fisco tem hoje competência tecnológica para arrancar o último centavo do contribuinte para equilibrar o orçamento, como se isso macroeconomicamente fosse um conceito neutro”, diz Rabello de Castro. “Estamos alimentando um Estado obeso, que tira dinheiro das famílias e das empresas e tem capacidade de investir muito menor do que elas. Isso não é nem uma questão matemática: é uma questão de aritmética e das mais simples.” Isso porque, em suas contas, enquanto a iniciativa privada investe entre 25% e 40% em cada R$ 1 que recebe, o Estado só consegue aplicar 5%. Assim, a capacidade de investimento despenca.
Além das perdas reais e contabilizáveis, há também as intangíveis para o país. Cardoso diz que viu muitos casos de grandes empresas que caem em golpes de quem vende promessas de redução de passivos. Acabam cometendo crimes fiscais. Ana Cláudia também afirma que, para a maioria das multinacionais, as maiores brigas tributárias do mundo estão no Brasil. Além disso, para ela, ao combater a guerra fiscal, São Paulo ataca o contribuinte paulista e perde investimentos. “Tenho muitos clientes que simplesmente saíram de São Paulo”, diz. O Fisco paulista diz estar em seu papel de defender a arrecadação do Estado.
Há propostas variadas para resolver o problema, que saíram de instituições setoriais, como a CNI, e da sociedade civil, como o Brasil Eficiente. Nessa proposta, em dois anos, os 18 tributos federais seriam consolidados em cinco e as 27 legislações estaduais virariam uma. Porém, as discussões estão em campo há tempos e não há nenhuma solução em vista. “No tempo da megainflação, o imposto inflacionário comia de 3% a 4% do PIB anualmente, nos seus piores momentos. Vivemos atualmente uma megainflação, só que de impostos”, diz Rabello de Castro. “É a microeconomia do manicômio e o custo dos eletrochoques: quando se maltrata as empresas, tira-se delas o poder de crescer.” Nas páginas a seguir, há exemplos de como as empresas têm procurado pagar menos impostos, como a Receita entende – ou não – suas demandas e um relato das principais brigas tributárias que evoluem lentamente no correr dos anos.  
Tributos (Foto: Reprodução)