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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dicas para deixar de ser pequeno

Blog Saia do lugar
Este texto faz parte da coluna da Plataforma Brasil feito especialmente para os leitores do Saia do Lugar.

Antes de tudo, vamos deixar algo bem claro: tamanho não é documento. Creio que sobre isso não existe discordância (é o que imagino), e quando classifico um negócio como grande ou pequeno, me refiro a sua expressão como empreendimento e não ao porte do seu escritório ao número de funcionários ou ao elenco de ideias (as vezes meros palpites sem embasamento). Trata-se, então, de valor agregado, posicionamento, originalidade, capacidade de gestão e competência.

No entanto, seguindo a coerência do conceito, o fato do seu escritório ser um ovo, dispor de dois colaboradores e dois sócios e empenhar um projeto único, ambicioso, inovador e consistente, não significa que tenha atingido o nirvana dos empreendimentos de grande relevância.


Empreendedor em busca do nirvana

Esse estado se conquista, e não depende de sinais aparentes, ou talvez esteja mais próximo de atitudes comuns, porém dotadas de alto poder solidificador, mesmo porque o universo empresarial não é constituído apenas de colossos do empreendedorismo ou de produtos e soluções revolucionárias em termos de tecnológica e consumo. Para se obter esta constatação, sugiro uma volta pelo quarteirão com uma boa conversa com o padeiro bem sucedido da esquina.

Sendo assim e colocando os pés no chão, deixar de ser pequeno, significa:

1- Ter a clara consciência de que inovação não significa necessariamente inovação tecnológica, mas pode estar perfeitamente ancorada em novos métodos, ou aos cuidados básicos do dia-a-dia, que no final das contas fazem toda a diferença;

2- Manter a estrutura administrativa, documental e contábil em perfeita ordem e constantemente verificada. Ela é tão importante quanto a sua capacidade de gestão negocial ou de inovar.

3- Construir um negócio rentável, que permita não apenas as reservas para o reinvestimento, mas também a legítima recompensa dos sócios por meio da distribuição de lucros.

4- Conquistar a capacidade de crescimento por meios orgânicos, sem depender necessariamente da inserção de investidores de risco.

5- Avançar com consistência e perseverança, sem se abalar pela última modinha de gestão, ou pelos sinais aparentes de sucesso dos concorrentes.

6- Não se deixar influenciar pelas pressões sociais e comportamentais para que o seu escritório se adapte imediatamente às tendência do momento, aquelas mesmas que deixarão de ser tendência no horizonte de dois ou três meses.

7- Manter taxas, impostos e compromissos financeiros em dia.

8- Desenvolver uma equipe engajada, profissionalmente madura, estável e confiável.

9- Ter um planejamento detalhado, bem elaborado que seja levado a sério.

Como última dica, recomendo atuar de forma que a ética deixa de uma vez por todas de ser uma expressão de marketing, ou performance vazia. Atue com ética e ponto final, sem que isso necessite ser anunciado. Tenha certeza de que o seu silêncio gritará na mente de clientes, fornecedores, funcionários e concorrentes.

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