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segunda-feira, 31 de março de 2014

Como descobrir o valor de uma empresa?

O valor de uma empresa não pode ser medido pelos imóveis e máquinas registrados na contabilidade. O valor real de uma empresa é a sua capacidade de gerar a riqueza nos próximos anos

Os empresários e sócios em geral não estão preparados para vender a empresa ou sua participação nela. Por isso, é comum estabelecer um valor baseado em sentimentos pessoais, lembranças do passado - especificamente das dificuldades enfrentadas, horas de trabalho e dedicação para fazer a empresa crescer.

Glórias passadas não pagam contas atuais, portanto não entram na hora de valorar a empresa. É como querer obter mais dinheiro emprestado do banco enumerando ao gerente as realizações pessoais do passado. O que vale nesta hora são as garantias por meio de bens duráveis com valor de mercado.

Conhecer o lucro real da empresa é o ponto de partida para poder avaliar a empresa corretamente. Não importa se é pequena, média ou grande empresa, o fundamental é ter uma contabilidade organizada para ter os valores confiáveis. O que mais vale em uma empresa é a sua capacidade de geração de resultados nos próximos anos.

Conhecer o lucro não é só conhecer o montante do lucro. O fundamental é saber como ele é gerado para poder estimar os ganhos futuros. Faz-se uma projeção financeira baseada em parâmetros técnicos dos negócios futuros. Não se deve projetar os ganhos futuros baseados só no desempenho histórico da empresa, nem em sentimentos pessoais.

O segundo aspecto a analisar é a real situação patrimonial da empresa. A situação patrimonial é o valor dos ativos permanentes, mais contas a receber, menos contas a pagar, pendências tributárias, passivos trabalhistas e passivos ocultos que não constam dos balanços patrimoniais.

Os ativos permanentes representam a parcela do capital investido do negócio. É composto de bens corpóreos ou tangíveis: imóveis, máquinas, veículos, e bens incorpóreos: marcas e patentes. Excetuando as indústrias, geralmente os valores dos bens corpóreos são pouco significativos e interferem pouco na geração de caixa.

Para algumas indústrias o processo de fabricação é o segredo do sucesso do negócio. Para esta situação é fundamental avaliar a capacidade dos seus ativos e gerar riqueza nos próximos anos. Se a empresa realizou e contabilizou a avaliação do valor justo, esta expectativa de geração de benefícios futuros dos ativos já está registrada na contabilidade na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial.

Existem atividades industriais em que o potencial de geração de caixa não está nos equipamentos e na tecnologia de fabricação. Como exemplo, podemos citar a indústria de produtos de limpeza. A marca representa o potencial de geração de receita e consequente o valor do negócio. Desta forma, há a necessidade de fazer a avaliação da marca para determinar o potencial de geração de receitas.

Em alguns ramos o que vale não são as máquinas, nem a marca. O que tem valor são patentes, ponto comercial, localização e atuação geográfica, condições privilegiadas de legislação, etc. Se outra empresa abrir o negócio vai ter sucesso. Portanto, o valor da empresa está limitado ao seu custo-benefício.

Alguns empresários tendem a supervalorizar a carteira de clientes. Cliente não pertence especificamente a uma empresa. Clientes são atraídos pela tradição da empresa no mercado, qualidade dos produtos ou serviços. Estes componentes já estão contemplados na avaliação da marca.

Um aspecto que a parte vendedora acaba ignorando é o levantamento dos passivos, sejam eles trabalhistas, tributários e até ocultos, os não registrados na contabilidade tais como multas rescisórias, pendências judiciais. Estes valores devem ser deduzidos do valor da empresa e sua análise ajuda a mostrar a verdadeira saúde financeira do empreendimento em questão.

Fonte: Administradores (24/03/14)

Os 7 pecados capitais dos empregadores na implantação do e-Social

Sabemos que, por natureza, sempre buscamos utilizar a criatividade para dar um jeitinho, não é mesmo?
O e-Social é, em resumo, a folha de pagamento digital com recursos super poderosos. Inclusive, já recebeu o apelido de Big Data Fiscal, dada a sua estrutura de inteligência artificial. Ele promete mudar a forma de relacionamento entre empregados, empregadores e os órgãos da administração pública federal em relação às informações previdenciárias, trabalhistas e fiscais.

Em sua arquitetura de inteligência fiscal está evidente o poder de relacionar as informações, apurar as inconsistências, apurar inconformidades e de registrar e aplicar as penalidades fundamentadas na legislação fiscal, trabalhista e previdenciária.

Com a implementação, todos empregadores precisam ficar atentos aos 7 pecados capitais e evitá-los, pois a prática destes poderá gerar um verdadeiro inferno. São eles: 

1° Pecado – Achar que imputar dados será o suficiente para atender o Big Data fiscal

Sabemos que as operações as quais se dão maior importância em qualquer organização são aquelas que geram receitas, já as demais são tratadas com menor importância, porém deve-se dar a devida atenção, pois a estrutura do e-Social requer uma gama de dados que, se inseridos de forma inadequada, poderão resultar em sérios problemas para os empregadores;

2° Pecado – Fechamento da folha de pagamento antes do último dia do mês

É prática comum dos empregadores não esperar o último dia do mês para fechar o ponto dos empregados e fazê-lo em meados do dia 20 de cada mês. Os empregadores devem rever seus processos internos, pois vários erros decorrem desse fechamento antecipado, que é conflitante com a legislação trabalhista e será constatado pelo Big Data Fiscal;

3° pecado – Contratar e depois providenciar a documentação

Outra prática comum nas empresas é colocar o empregado para trabalhar, deixando os cuidados com a documentação para depois. Essa prática não será mais possível, pois o Big Data fiscal está programado para rejeitar este tipo de procedimento. Para iniciar o trabalho o empregado já precisará ter sido incluso no sistema;

4° Pecado – Contratar autônomo e não incluir na folha

A contratação dos serviços de pessoa física autônoma ocorre, em sua maioria, para resolver situações emergências. Desta forma, é comum a execução e pagamento do serviço sem a devida preocupação com a documentação. Essa prática deverá ser abolida. Os empregadores deverão rever seu processo de forma que esse tipo de serviço seja comunicado e incluso na folha de pagamento. Contratar o serviço de um autônomo vai além de “emitir um simples recibo”;

5° Pecado – Não atender os programas de saúde e riscos do trabalho

Estatísticas comprovam que menos de 40% dos empregadores tem os programas de riscos e saúde ocupacional dos trabalhadores. A grande maioria ainda trata essa exigência como um custo desnecessário e que até o presente só o providenciariam em uma eventual fiscalização. Com a implantação do Big Data Fiscal essa prática não poderá mais ocorrer, pois será requisito indispensável para inserção do empregado na folha de pagamento;

6° Pecado – Falta de controle para atender os requisitos da legislação trabalhista, previdenciária e fiscal

Não há processo desenhado que garanta o cumprimento da legislação, que além de extensa, é extremamente complexa, o que dificulta a sua interpretação;

7° Pecado – Achar que o e-Social não vai pegar

Já pegou! Ele funcionará de forma sistêmica e alcançará resultados na medida em que relaciona cada operação com o padrão estabelecido para atender o rigor da legislação trabalhista, previdenciária e fiscal.

Sabemos que, por natureza, sempre buscamos utilizar a criatividade para dar um jeitinho, não é mesmo?  Esta característica é marcante do brasileiro e não é diferente com os empregadores, mas o e-Social será implacável e penalizará as situações conflitantes com sua inteligência fiscal.

O que precisa ficar claro é que as penalidades já existiam antes de sua idealização. Ele apenas as tornará evidentes, sem a necessidade do comparecimento do fiscal na sede do empregador.

Logo o e-Social estará presente no dia-a-dia dos empregadores. Desta forma, será necessário repensar todos os processos e melhorar os controles internos que envolvam as áreas de Recursos humanos, medicina do trabalho, jurídica, contábil e fiscal, além da folha de pagamento, pois estas serão as portas de entrada para o Big Data Fiscal, ou se você preferir, do e-Social.

Vanildo Veras é diretor de Inteligência Fiscal da Datanil – empresa especializada em consultoria contábil, tributária e trabalhista.

Fonte: Administradores (22/03/14)

Implantação de eSocial muda de data e beneficia pequenos

Para maioria das empresas, prazo limite mudou para janeiro de 2015
O prazo para que as empresas se enquadrem no eSocial, projeto criado pelo governo federal que visa unificar e tornar em tempo real a transmissão das informações dos trabalhadores pelos empregadores, foi mais uma vez adiado. Agora as empresas de lucro real, com receita anual acima de R$ 78 milhões, terão a partir de outubro de 2014 para se enquadrar ao novo sistema, enquanto as que possuem receita menor deverão se ajustar a partir de janeiro de 2015. O prazo foi estendido porque muitas das pequenas e médias empresas, que correspondem a 97% do setor no País, ainda não têm infraestrutura adequada para lidar com mais essa burocracia, aponta o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Sorocaba. Para representante dos trabalhadores, a princípio, a medida é positiva. 

"Na verdade, quando foi criado, a ideia era desburocratizar e facilitar o trabalho das empresas, mas ele pegou a mesma burocracia e apenas levou para o meio digital, através de um sistema", explica o advogado Rodrigo Bley, diretor jurídico do Ciesp em Sorocaba. Ele diz que, além de não retirar a burocracia relacionada à transmissão de informações de empregados pelos empregadores, o eSocial traz novos custos, inviáveis para as pequenas e médias empresas. "Diante disso, muitas empresas levaram esse trabalho também para os escritórios de contabilidade, mas estes também não estão preparados", acrescenta. 

O diretor do Ciesp comenta que, para o trabalhador, o eSocial traz notícias positivas e negativas. "Facilitou o trabalho da Receita Federal, que poderá cruzar todas as informações dos trabalhadores", diz Bley. Para ele, o governo jogou essas obrigações para as empresas. Contudo, os empregados também serão favorecidos, uma vez que terão maior transparência. "Eles poderão acessar seus próprios dados, saber quanto tempo de serviço que possuem, pois essas informações estarão on-line", diz. 

Trabalhadores 

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região, Ademilson Terto da Silva, ainda não é possível fazer uma análise aprofundada sobre o eSocial, mas, a princípio, o sistema parece ser positivo para o trabalhador. "Uma questão é que vai desburocratizar o acesso do trabalhador às suas próprias informações", avalia. 

Terto, no entanto, não acredita que os trabalhadores terão suas informações violadas. "As empresas já forneciam esses dados para os órgãos do governo, então, os dois já tinham acesso, portanto, eu acredito que ele manterá sua privacidade", diz. 

Outro destaque positivo, segundo o presidente do sindicato, é que as empresas poderão ter maior controle sobre as empresas terceirizadas. "Se bem implantado, a empresa que contrata uma terceirizada poderá ter controle sobre o pagamento dos direitos dos trabalhadores", conclui. 

eSocial 

O projeto eSocial é uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do governo federal: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da Previdência (MPS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria da Receita Federal do Brasil e Ministério do Planejamento.


Fonte: Cruzeiro do Sul (25/03/14)

Empresários se cadastram como MEIs para sonegar

Empresários estão se travestindo de Microempreendedores Individuais (MEIs) para sonegar o pagamento de tributos em todos os estados e no Distrito Federal. É o que indica levantamento feito pelas secretarias de Fazenda de São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia e irregularidades detectadas pela secretaria do DF.
Alertada sobre a fraude fiscal, a Secretaria da Fazenda do DF identificou neste mês 250 MEIs que sonegaram cerca de R$ 6 milhões nos últimos dois anos. A Receita cruzou informações e apurou que as compras deles são incoerentes com o faturamento máximo de R$ 60 mil anuais estabelecidos para o segmento.
"Não é uma questão pontual. Com certeza, isso pode estar acontecendo em todos os estados da Federação", alertou o subsecretário de Fazenda no Distrito Federal, Wilson de Paula, em entrevista ao DCI.
De acordo com o subsecretário, a divergência entre faturamento e compras feitas por MEIs nesses estados foi revelada em 2013, no Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat), que faz parte da coordenação da Nota Fiscal Eletrônica.
"Nesse levantamento, observou-se que a movimentação envolvendo MEIs estava num volume muito alto", lembrou. "Isso mereceu uma atenção dos administradores tributários para olharmos com mais cuidado essa questão do MEI."
No caso desses três estados, apenas o volume de recursos movimentados nas notas fiscais envolvendo MEIs foi identificado.

Cruzamentos
Wilson de Paula explicou que a secretaria fez um cruzamento de "malha fina" das notas fiscais emitidas para os Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJs) dos microempreendedores.
Os empresários identificados informaram um faturamento de R$ 21,6 milhões nos últimos dois anos. No entanto, cruzando dados dos fornecedores que vendem produtos e serviços aos MEI, os técnicos da Receita perceberam compras de R$ 69,7 milhões.
Um único MEI deixou de registrar uma diferença de R$ 2,22 milhões entre o que ele declarou e o que gastou efetivamente com fornecedores. A menor desproporção foi de R$ 60 mil.
"As empresas do setor industrial e atacadista, fornecedores dos MEI, são obrigadas a emitir nota eletrônica. No do cruzamento de dados, conseguimos descobrir quem está comprando mais do que seria razoável para sua faixa de faturamento."
Os empresários já foram noticiados sobre as divergências apontadas. Eles têm prazo de 30 dias para prestar esclarecimentos ou pagar o tributo devido. Ainda podem responder a processos por fraude tributária, informou o subsecretário. "Se eles não se regularizarem, aí vai a mão mais pesada do Estado, que é a fiscalização e a auditoria dessas empresas. Há divergências entre o que ele pode vender - até R$ 60 mil por ano - e o que ele comprou nesse período", detalhou.
A caça aos sonegadores travestidos de MEI vai ter prosseguimento. O próximo cruzamento será feito em relação às compras e pagamentos feitos pelos microempreendedores por meio de cartões de crédito.
"A Secretaria de Fazenda conta com uma tecnologia adequada para fazer esses cruzamentos", disse Wilson de Paula. "Daqui eu acompanho as notas fiscais emitidas de hora em hora. É só eu entrar no sistema."

Defesa do programa
Criado em 2008 e em vigor desde julho de 2009, o MEI é uma figura jurídica criada no escopo da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas para atrair à formalidade trabalhadores por conta própria e empreendedores irregulares, a exemplo de camelôs, cabeleireiros, mecânicos, etc.
Com a regularização, que pode ser feita via internet pelo Portal do Empreendedor, o MEI tem direito a CNPJ e a direitos previdenciários, além do pagamento de todos oito tributos que incidem sobre a atividade empresarial. Eles pagam, entretanto, apenas cerca de R$ 40,00 por mês como contribuição simbólica.
A obtenção do CNPJ é on-line e imediata. A facilidade vale também para enviar informações à Receita. "Essas irregularidades não tiram a importância do Programa MEI", afirmou o subsecretário, citando que somente no DF há 60 mil MEIs inscritos.
Em função da menor necessidade de prestar contas, há empresários se aproveitam da situação para tentar burlar o pagamento de impostos. "O sonegador não consegue mais se esconder. Fizemos um investimento de R$ 10 milhões em tecnologia em 2013, com renovação do parque, aquisição de software e treinamentos", disse o subsecretário.

Inadimplência
Ao todo no País, já há 3,8 milhões de MEIs inscritos. No entanto, apesar do valor quase simbólico de contribuição, 55% deles estão inadimplentes.


Fonte: DCI – SP

Governo não vê risco à votação do Simples até maio

O ministro da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, se mostrou confiante nesta segunda-feira, 24, na aprovação pela Câmara do projeto de lei complementar que altera o Simples Nacional (PLP 237/12). A votação está marcada para o dia 29 de abril "ou no mais tardar até 6 de maio", segundo Afif, após acordo com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

O ministro diz que não há risco político para o projeto em meio à tensão entre parte da base aliada do governo, liderada pelo PMDB. "Existe um forte consenso, até porque passou na comissão especial. Não existe uma diferença entre situação e oposição na matéria de micro e pequena empresa, há uma convergência de todas as bancadas", afirmou. Segundo ele, o governo tentará aprovar a elevação em cerca de 20% da faixa de faturamento que hoje forma o teto das empresas inscritas no Simples. O projeto aprovado em uma comissão especial da Câmara, em dezembro, criou a chamada universalização de enquadramento no regime tributário do Simples Nacional.

Com isso, as empresas passam a ser enquadradas com base no faturamento e não mais pelo setor de atuação. O teto atual é de R$ 360 mil para as micro empresas e R$ 3,6 milhões para as pequenas empresas. Apesar das mudanças, a comissão não incluiu os 20% de reajuste sugerido pelo ministro, que argumenta ter havido mudanças no perfil de faturamento das empresas sem uma contrapartida para que a faixa de rendimento das empresas fosse alterada. "Hoje tem muita empresa deixando de ser Simples, quando, na verdade, ela teve um aumento vegetativo do seu faturamento", disse Afif.

O ministro participou de reunião com o Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (Compem) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas evitou se comprometer com a criação de uma faixa de transição, como pede a CNI, para que as empresas com faturamento acima do teto possam cair no regime tradicional de tributação.

Fonte: Estadão 24/03/2014

sábado, 22 de março de 2014

Quando dá para aumentar o valor do imóvel na sua declaração

São Paulo – Uma das principais dúvidas de quem declara um imóvel próprio no imposto de renda se refere à possibilidade de atualizar seu valor de aquisição com o passar dos anos, a fim de pagar menos imposto na hora da venda. Como o IR incide sobre o ganho de capital – a diferença entre o custo de compra e o valor de venda –, quanto menor essa diferença, menor o imposto a pagar. Não existe previsão legal para a atualização do valor do imóvel conforme o valor de mercado, mas existem casos em que é possível somar algumas quantias ao custo de aquisição.
Por exemplo, é possível somar ao valor constante na escritura do imóvel os custos com eventuais juros e encargos de um financiamento, a corretagem paga ao corretor (se ela sair do bolso do comprador), um eventual laudêmio e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Na hora da venda, também é possível descontar do valor recebido a corretagem, caso ela seja paga pelo vendedor. Na declaração, essas quantias podem ser somadas diretamente ao custo de aquisição do imóvel na ficha de Bens e Direitos, e detalhadas no campo “Discriminação”.
Os custos com obras no imóvel também podem ser somados ao custo de aquisição no ano em que ocorrerem. Obras mais complexas, como a ampliação ou a construção de um imóvel, devem ser aprovadas pela Prefeitura para poderem ter seus custos acrescidos ao valor do bem. Já as reformas menores, como pintura e reparos em azulejos, encanamentos, pisos e paredes, não dependem dessa aprovação.
Seja como for, é fundamental guardar os comprovantes das despesas feitas com essas obras, a fim de justificar seu acréscimo ao valor do imóvel junto à Receita. Se as quantias forem pagas a pessoas jurídicas, é preciso ter as notas fiscais; se for pessoa física, é preciso ter recibo. “Mas a fiscalização muitas vezes também olha a movimentação financeira. Por isso, hoje em dia, é interessante fazer esse tipo de pagamento por TED ou cheque”, diz o advogado tributarista Samir Choaib, especialista em imposto de renda de pessoa física do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados.
Esses comprovantes devem ser guardados por cinco anos, mas Choaib lembra que o prazo começa a contar a partir da venda do imóvel, e não da realização da benfeitoria. Isto é, o contribuinte deve guardar as notas por cinco anos após a venda do bem. Ele explica que muita gente que não tem a intenção de vender o imóvel em breve infla artificialmente seu valor na declaração, informando benfeitorias que de fato não foram realizadas. Essas pessoas vendem o bem mais de cinco anos depois, acreditando que o período de guardar os comprovantes já passou e que, por isso, a fiscalização prescreveu.
Como declarar as benfeitorias
Muita gente apenas acrescenta o valor das benfeitorias ao custo de aquisição do imóvel e as informa no campo “Discriminação” da ficha de Bens e Direitos da declaração. Mas, para Choaib, a maneira mais clara e organizada de fazer isso é declará-las separadamente, na mesma ficha, como um novo item, sob o código “17 – Benfeitorias”.
Terreno que vira casa
Quem constrói uma casa em um terreno deve declarar custo de aquisição do terreno sob o código “13 – Terreno” e os valores despendidos naquele ano com construção da casa sob o código “16 – Construção”, tudo na ficha de Bens e Direitos. No ano em que o imóvel ficar pronto, todo esse custo (terreno mais o custo total da construção) deverá ser unificado sob o mesmo código referente ao imóvel construído.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Como a entrada no Simples vai melhorar a vida do corretor de seguros

PIS, COFINS, ISS e IR fazem parte da elevada carga tributária paga mensalmente pelos corretores de seguros. E a única saída para a redução desses impostos é a entrada da categoria no Super Simples.

O caminho já está sendo traçado desde o ano passado, quando foi aprovado pela Comissão Especial – presidida pelo deputado federal e presidente da Fenacor, Armando Vergílio – o texto que altera o enquadramento das empresas no programa.

A proposta aprovada pela Comissão delibera alterações no estatuto da Micro e Pequena Empresa. Sendo assim, toda empresa com faturamento igual ou inferior à R$3,6 milhões terá direito ao regime diferenciado de tributação, inclusive Corretoras de Seguros. Este ano as mudanças feitas para o inclusão da categoria serão discutidas diretamente no Plenário da Câmara.

O corretor Emerson Mauricio Mercer, da Austria Corretora de Seguro (Curitiba-PR) é um dos profissionais que espera ansiosamente pela conquista. Ele afirma que com a entrada no Simples, seria possível diminuir significativamente os gastos com impostos, podendo assim, contratar, por exemplo, mais um colaborador para a empresa. “Com tanto imposto, eu não tenho condições de pagar mais um funcionário”.

Já para o corretor Wanderson Gomes, da Arca Corretora de Seguros Ltda (Salvador-BA), apenas a entrada no Simples não modificaria a situação dos corretores, pois é algo que envolve um projeto maior. “Acredito que seja necessário fazer uma ampla reforma tributária. Pois os tributos envolvem uma série de fatores”, ressalta.

Em contrapartida, Marivaldo Ramires de Jesus, da MRJ Corretora e Assessoria Técnica de Seguros (Rio de Janeiro-RJ), alega que a carga tributária chega a levar até 20% do faturamento mensal da empresa e que com a entrada da categoria no Simples, haveria uma grande redução. Além disso, a conquista seria importante para combater a atividade de alguns corretores clandestinos que, em algumas situações, não pagam nenhum valor e ficam anos devendo tributos na Receita. “Com essa tributação no Simples, certamente haveria uma maior arrecadação por parte do governo”.

Nessa linha, Emerson acrescenta que haveria menos sonegação e questiona a lei estabelecida no país. “Ao invés de fazerem as leis em cima do faturamento, fazem sob a atividade profissional. Está errado!”.

Fonte: SEGS (20/03/14)

Receita identifica sonegação de impostos por 250 microempreendedores individuais

Os MEI's (Microempreendedores Individuais) que sonegaram impostos nos últimos dois anos estão na mira da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal. A Receita identificou 250 empresas nessa categoria cujas compras são incoerentes com o faturamento máximo de R$ 60 mil anuais estabelecidos para o segmento.

Os empresários identificados informaram um faturamento de R$ 21,6 milhões nos últimos dois anos. No entanto, cruzando dados dos fornecedores que vendem produtos e serviços aos MEI's, os técnicos da Receita perceberam compras no valor de R$ 69,7 milhões. A estimativa é que a fraude tenha causado prejuízo de R$ 6 milhões aos cofres públicos.

— As empresas do setor industrial e atacadista, fornecedores dos MEI, são obrigadas a emitir nota fiscal eletrônica. Através do cruzamento de dados, conseguimos descobrir quem está comprando mais do que seria razoável para sua faixa de faturamento — explicou o subsecretário da Receita do DF, Wilson de Paula.

Diferença de R$ 2,2 milhões

Um único MEI deixou de registrar uma diferença de R$ 2,22 milhões entre o que ele declarou e o que gastou efetivamente com fornecedores. A menor desproporção encontrada foi de R$ 60 mil.

Segundo a Receita, os sonegadores na lista já foram informados e têm 30 dias para regularizar sua situação. Se as pendências não foram resolvidas dentro do prazo, o empresário será autuado. A multa varia caso a caso.

Leia mais notícia no R7 DF

O programa

Criado em 2008, o programa tem o objetivo de desburocratizar a vida do empreendedor individual que fatura até R$ 60 mil por ano e estimular a formalização. A obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) é on-line e imediata. A facilidade vale também para enviar informações à Receita.

Em função da menor necessidade de prestar contas, alguns empresários se aproveitam da situação para tentar burlar o pagamento de impostos.

— A Receita está, do ponto de vista tecnológico, preparada para visualizar e trabalhar essas informações. O sonegador não consegue mais se esconder. Fizemos um investimento de R$ 10 milhões na área tecnológica em 2013, com renovação do parque, aquisição de software e treinamento de pessoal —  completou o subsecretário.

Fonte: R7 (20/03/14)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Demonstrações ampliam possibilidades de negócios

SÃO PAULO
Mesmo sem exigência legal, a análise e aprovação das demonstrações financeiras podem abrir portas para a companhia de capital fechado. O ato de analisar e aprovar os balanços anualmente traz benefícios importantes a uma sociedade, como a atração de investimentos estratégicos, a participação em licitações públicas e até obtenção de maior destaque na hora de fusões e aquisições em função da adoção de melhores práticas de governança corporativa, segundo especialistas ouvidos pelo DCI. 
"Um empréstimo bancário é mais facilmente liberado para uma empresa que tenha aprovadas suas demonstrações anuais. Outra situação benéfica para o empresariado é estar preparado para uma licitação, que em geral tem como requisito a apresentação do documento", comenta a advogada da área societária e de mercado de capitais do Machado Meyer Advogados, Adriana Pallis Romano. No cenário de aquisições, em que as companhias de capital fechado podem estar envolvidas, a aprovação da demonstração financeira é uma condição vista como positiva. 
"No private equity, os investidores irão procurar e aplicar seu dinheiro em empresas que tenham vida saudável, demonstradas em suas contas", diz Adriana. Tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores, o private equity tem como objetivo alavancar seu desenvolvimento. Esses investimentos são realizados via fundos de investimentos. 
Sem sanções, multas ou penalidades diretas, as empresas de capital fechado (atualmente cerca de 90% das companhias limitadas e de origem familiar) são resistentes em aprovar suas demonstrações financeiras, diferente das sociedades por ações que são obrigadas a publicar. 
Segundo a advogada do ZRDF Advogados, Roberta Cunha Andrade Azeredo, na sociedade limitada a cultura brasileira é muito refratária, justamente por elas terem suas origens na família. "Para alguns, é considerado inapropriado pedir para um dos irmãos assinar um documento. Por estarem numa empresa de âmbito familiar, soa como se houvesse desconfiança um pedido nesse gênero", comenta Roberta. 
Como a maioria esmagadora das sociedades limitadas tem origem familiar, essa prática não era aceita, nem desejada, porque no âmbito familiar causa desconforto. "São poucas as limitadas que fazem a formalidade de registrar suas demonstrações anuais, mesmo sabendo dos benefícios que vêm com ela", diz Roberta. 
De acordo com Adriana, as companhias de capital fechado, diferente das de capital aberto, não sofrem fiscalizações nem estão sob o crivo de nenhuma regulação. "Nas empresas fechadas, somente os sócios podem reclamar de não ter uma assembleia geral ordinária para aprovar as demonstrações financeiras, diferente das sociedades anônimas de capital aberto, que são registradas e fiscalizadas pela CVM [Comissão de Valores Mobiliários]", diz. 
Adriana destaca que, quando a assembleia de sócios aprova as demonstrações, ela ratifica o trabalho feito pelos administradores. "Esse ato é extremamente importante para os gestores, num possível caso de responsabilização", diz Adriana. 
O papel dessa formalidade para os administradores é de suma importância. O administrador tem por lei uma garantia de responsabilidade aprovada se tiver as contas da companhia gerida aprovada. 
Numa empresa que não realiza essa formalidade, o administrador não tem a isenção da responsabilidade da contas que não foram aprovadas. "Se, a longo prazo, essas contas forem avaliadas de alguma forma, mesmo não estando mais na empresa, esse administrador pode ser responsabilizado. Porque ele não terá o resguardo no papel de que está exonerado de responsabilidade", explica Roberta.
Segundo ela, além das vantagens para a sociedade, o momento é propício para que os seus administradores apresentem seu trabalho e esforços bem como a segurança jurídica de ser exonerado de responsabilidade. "Salvo em casos de erro, dolo, fraude ou simulação, como prevê o artigo 134, parágrafo terceiro , da Lei das Sociedades Anônimas (6.404/76)", explica Roberta. 
A especialista da ZRDF esclarece que a demonstração financeira de companhias fechadas como isentas de obrigação não precisam ser publicadas como as demonstrações das empresas de capital aberto. Na prática significa que, uma vez ao ano, uma reunião onde será feita a ata, os sócios irão analisar as demonstrações apresentadas e, se estiverem em conformidade com o documento, levam a registro na junta comercial. 
Fonte: DCI (18/03/14)

Falta estímulo à sustentabilidade nas pequenas

RIO DE JANEIRO
A falta de acesso a tecnologias e a financiamentos, tanto públicos quanto privados, faz com que a maior parte dos pequenos e médios empresários brasileiros fiquem de fora do conceito de empresas sustentáveis, pela falta de incentivos. Empregado por grandes corporações como a Odebrecht e a Braskem, medidas que preservam o meio ambiente e são capazes, em longo prazo, de reduzir custos produtivos ficam restritas a um seleto grupo. 
Na opinião do diretor de sustentabilidade da Odebrecht Silvio Leão, outro entrave está na questão cultural. Enquanto empresas com maior poder aquisitivo e que empregam em suas operações medidas sustentáveis entendem que essas ações são de longo prazo, outra parcela do empresariado brasileiro não consegue entender essa demora. "De nada adianta achar que o conceito de sustentabilidade é algo imediato. Ele só é conseguido com o tempo. Posso dizer que são soluções que dão retorno do investimento empregado em longo prazo", explicou o executivo, ao DCI. 
Leão ressaltou que dentro da corporação Odebrecht empregar medidas que reduzem o consumo de energia, reutilização de água e material e demais iniciativas é mais fácil por se tratar de uma empresa global. "Como atuamos de forma global o nosso acesso às tecnologias sustentáveis são mais fáceis. O nosso maior trabalho está em empregar essas soluções de forma regional". O executivo mencionou que no México, por exemplo, as medidas são diferentes das empregadas no Brasil. "Temos de adaptar para que isso seja um investimento com retorno positivo", disse durante o "Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável", organizado pela empresa, na última quarta-feira, no auditório da Arena Maracanã, no Rio de Janeiro. Na ocasião, a Odebrecht premiou autores, professores orientadores e representantes das universidades dos cinco trabalhos vencedores, que receberam um prêmio de R$ 20 mil cada. 
Desde 2008, a empresa realiza anualmente o Prêmio para condecorar universidades e estudantes pelos melhores projetos que empregam esse conceito. 
Transporte de passageiros 
Durante a cerimônia de premiação, o presidente da Odebrecht TransPort Paulo Cesena afirmou que o transporte de passageiros hoje no Brasil é um exemplo de setor totalmente dependente do uso de energia elétrica. "Os trens do Rio de Janeiro, por exemplo, usam energia contínua, mas já existem trens que utilizam a energia alternada, que seria a forma mais eficiente de economizar de 25% a 30% de energia", disse ele. 
Outro ponto que também foi analisado pelo executivo da empresa foi a forma empregada hoje no País para o abastecimento de combustíveis nos milhares de postos. "Para abastecer os postos de gasolina ainda usamos o transporte rodoviário. São diversos caminhões que queimam diesel diariamente e poluem. O mais correto seria o abastecimento por meio de dutos, mas isso ainda é muito pequeno no Brasil". 
Cesena ressaltou, um ponto já analisado pelo diretor-superintendente da Odebrecht Infraestrutura, Luiz Bueno, que o Grupo já estuda a ampliação dos dutos de abastecimento no País, justamente para tentar minimizar esse cenário ainda preocupante. 
Braskem 
A indústria petroquímica Braskem também apresenta soluções sustentáveis em sua produção. Em novembro de 2012, a indústria que usava cerca de 70% de água fornecida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), e outros 30% de um rio de São Bernardo do Campo do Campo, no ABC paulista, em seu processo produtivo. Com a criação de um projeto que criou o processo de comercialização de água de reúso, o Aquapolo, a empresa se comprometeu a consumir por 41 anos a água de reúso feita pelo projeto. "Nós fomos os validadores desse projeto criado por meio de uma Sociedade de Propósito Específico [SPE] entre a Foz do Brasil e a Sabesp. Sozinha, a nossa principal fornecedora [Sabesp] não conseguiria implementar a iniciativa", explicou o diretor de relações institucionais da Braskem, Flávio Chantre. 
Com a água de reúso, Chantre explicou que a Braskem, além de se abastecer de uma fonte renovável, economizou no tratamento que fazia com a água fornecida pela Sabesp e a do rio também. "Antes de usar a água, ela tinha que passar por diversos processos químicos. Com o fornecimento do Aquapolo, essa água já vem tratada e com isso, reduzimos os custos", disse. Ainda segundo informações do o diretor de Relações Institucionais, a empresa utiliza o mesmo processo em polo produtor na Bahia. "Lá compramos água do projeto Águaviva", finalizou ele. 

Fonte: DCI (21/03/14)

Demanda de crédito das empresas cresce 7,1% em fevereiro, divulga Serasa

SÃO PAULO - A demanda das empresas por crédito cresceu 7,1% em fevereiro ante janeiro, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (18) pela Serasa Experian. Na comparação com fevereiro do ano passado, o aumento chegou a 12,4%. No acumulado do primeiro bimestre deste ano, a alta da procura por crédito pelas empresas atingiu 6,2%.

Segundo os economistas da Serasa, o feriado de carnaval, que este ano caiu no início de março, impulsionou os empresários na busca por crédito durante o mês passado com objetivo de antecipar a aquisição de insumos para produção e formação de estoques.
A alta da procura das empresas por crédito em fevereiro foi concentrada nas micro e pequenas empresas, com crescimentos de 7,6% ante janeiro deste ano e 13,3% na comparação com fevereiro de 2013. Com isso, o segmento acumulou alta de 6,7% na procura por crédito no primeiro bimestre de 2014.
Nas médias e grandes empresas, as demandas por crédito avançaram em menor intensidade em fevereiro: alta mensal de 1,2% nas médias e de 1,4% nas grandes empresas. No acumulado do primeiro bimestre, as grandes empresas registraram aumento de 10,7% na procura por crédito. Já nas médias houve recuo de 2%.
De acordo com a Serasa, na análise por setor, as indústrias puxaram a alta da demanda empresarial por crédito em fevereiro com alta de 30% na comparação com janeiro. Além da antecipação da produção devido ao feriado do carnaval, os economistas ressaltam que a base de comparação estava defasada já que houve queda de 16,4% na busca das indústrias por crédito em janeiro.
Nas empresas comerciais e de serviços, o crescimento da demanda em fevereiro foi bem menor: 3,7% nas comerciais e 4,5% nas de serviços.
Fonte: DCI (18/03/14)

Cheques sem fundos aumentam em fevereiro, aponta Serasa Experian

SÃO PAULO - O percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 1,99% em fevereiro deste ano. É o que revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. No mês passado, foram devolvidos 1.225.495 cheques e compensados 61.732.207. Em fevereiro do ano passado, esse percentual foi 1,90%. Já em janeiro de 2014, houve 2,11% de devoluções.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento da inadimplência com cheques em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado é reflexo da conjuntura mais adversa para o pagamento dos compromissos financeiros devido às taxas de juros bem mais altas neste início de ano comparativamente às que vigoravam ao primeiro bimestre de 2013.
Nos Estados e regiões
Roraima liderou o ranking estadual dos cheques sem fundos no primeiro bimestre de 2014, com 11,06% de devoluções. O Amazonas, por sua vez, foi o estado com o menor percentual (1,26%). Entre as regiões, a Norte foi a que liderou o ranking, com 4,22% de cheques devolvidos, ao passo que a região Sudeste foi a que apresentou o menor percentual (1,60%).
Em todo o país, a devolução de cheques em fevereiro de 2014 foi de 1,99% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 2,11% registrada em janeiro de 2014. Em fevereiro 2013, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no país havia sido de 1,90% do total de cheques compensados.
Fonte: DCI (19/0314)

Juro alto favorece produto financeiro

A alta dos juros de curto prazo deve favorecer em 2014 o crescimento dos diversos produtos financeiros no segmentos de varejo e varejo alta renda que atendem pessoas físicas e pode reverter a posição de liderança em patrimônio da caderneta de poupança. Ao mesmo tempo, a expansão do número de clientes seguirá forte nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ante o crescimento menor do Sul e Sudeste. 
"O mercado está mudando, diminuiu um pouco a expansão do consumo e o brasileiro está poupando mais e procurando produtos financeiros de perfil conservador", apontou o coordenador do Comitê de Varejo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Marcos Daré. 
De acordo com os dados divulgados ontem pela Anbima, a caderneta de poupança liderou o crescimento de patrimônio das pessoas físicas alcançando R$ 597,94 milhões em 2013, um acréscimo de R$ 101,64 bilhões em relação ao ano de 2012. 
A velha caderneta superou o montante de R$ 374,23 bilhões em previdência aberta, as reservas de R$ 242 bilhões depositadas em fundos de investimentos e o volume de R$ 289,7 bilhões em produtos de tesouraria dos bancos como certificados de depósito bancário (CDBs), letras de crédito imobiliário (LCIs) e letras de crédito do agronegócios (LCAs). 
"A migração da poupança para produtos financeiros mais sofisticados já está acontecendo e vai continuar ao longo de 2014, a medida que as pessoa físicas vão percebendo que alta dos juros gera um ganho maior que a poupança", argumentou Marcos Daré. 
O coordenador do subcomitê da base de dados da Anbima, Ricardo Ayub apontou o crescimento expressivo do número de clientes pessoas físicas em produtos financeiros nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ante o crescimento menor na região Sul e a estabilidade da base no Sudeste, a mais rica do País. 
"Geograficaficamente isso é muito positivo e indica que o mercado soube identificar as oportunidades e as regiões que apresentaram o maior crescimento da renda", disse Ayub. 
Segundo o relatório, o número de clientes pessoas físicas em produtos financeiros na região Norte cresceu 10,9% para 148 mil, seguido pelo avanço de 10,6% no Nordeste para 697 mil pessoas, já a região Centro-Oeste evoluiu em 10,2% para 422 mil clientes. 
O Sul segue como a segunda região mais poupadora em volume (R$ 83,3 bilhões), mas registrou crescimento menor, de 4,7% na base, para 1,276 milhão de clientes. Já o Sudeste manteve-se na liderança em patrimônio (R$ 367,1 bilhões), mas crescimento zero em número de clientes, que ficou estacionado em 4,696 milhões. 
Quanto ao perfil do investidor pessoa física de varejo, Marcos Daré confirmou a tendência de que o brasileiro está cada vez mais conservador em seus investimentos e evitando a volatilidade da renda variável e dos preços dos ativos de renda fixa. "A participação em fundos DI [depósito interfinanceiro] que possui juros pós-fixados cresceu de 30,5% em 2012 para 38,4% em 2013". 
Daré também apontou a demanda forte por letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs) isentas de imposto de renda. "Não acredito que no curto prazo o volume vá ultrapassar o de (CDBs), a expansão das letras está limitada pelo lastro", disse. 

Fonte: DCI (21/03/14)

Microempreendedor Individual poderá receber DAS pelo correio

O DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) gerado para o MEI (Microempreendedor Individual) poderá ser enviado por via postal para o domicilio do contribuinte.
Neste caso, conterá em uma mesma folha de impressão, guias para pagamento de mais de uma competência, com identificação dos respectivos vencimentos e do valor devido em cada mês.
O DAS é o documento específico para o recolhimento dos tributos devidos pelo Simples Nacional pelas Microempresas (ME) e pelas Empresas de Pequeno Porte (EPP).
O MEI recolhe seus tributos pelo DAS. Ele é gerado por meio do Programa Gerador do DAS para o MEI intitulado PGMEI. As demais empresas (ME e EPP) geram o DAS por meio do PGDAS-D.
O MEI tem como despesas legalmente estabelecidas, apenas o pagamento mensal de INSS (R$ 36,20), acrescido de ISS (R$ 5,00) para os prestadores de serviços ou de ICMS (R$ 1) para comércio e indústria.
Outras taxas estaduais e municipais também devem ser pagas dependendo do Estado ou município e da atividade exercida. O vencimento é até o dia 20 de cada mês, passando para o dia útil seguinte caso incida em final de semana ou feriado.
É inválida a emissão do DAS em descordo com a norma legal (Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011), bem como é vedada a impressão para fins de comercialização.
O DAS é emitido em duas vias e conterá o nome empresarial e CNPJ do contribuinte, o mês de competência, a data do vencimento original da obrigação tributária, o valor principal e da multa e dos juros ou encargos.
Além disso, deverá conter também o valor total, o número único de identificação do DAS atribuído pelo aplicativo de cálculo, a data limite para acolhimento do DAS pela rede arrecadadora, o código de barras e sua representação numérica.
É vedada a emissão de DAS com valor inferior a R$ 10. Caso isso aconteça o contribuinte deve somar com o valor do mês seguinte, até que o total seja igual ou superior a R$ 10.
Tal alteração ocorreu por meio da Resolução CGSN nº 112, publicada no Diário Oficial da União de 17.03.2014, que alterou os artigos 39 e 40 da Resolução CGSN nº 94 de 29 de novembro de 2011.

Quer expandir seu negócio próprio? Veja como transformá-lo em franquia

Fazer a empresa crescer por meio de franquias é uma opção interessante para empresários que não possuem o dinheiro necessário para abrir mais unidades próprias, segundo especialistas.
No entanto, antes de estruturar o negócio e começar a vender unidades a terceiros, é preciso conhecer e mapear as operações, para oferecer o suporte adequado ao franqueado.
Para uma expansão bem-sucedida, segundo consultores ouvidos pelo UOL, o negócio deve ter, pelo menos, um ano de funcionamento e uma unidade própria.
Dessa forma, de acordo com os especialistas, é possível avaliar um ciclo completo da empresa, saber se há sazonalidade e testar outros produtos e serviços para compensar eventuais períodos de baixo movimento.
Ter uma marca forte, um modelo de negócio que possa ser reproduzido em qualquer lugar e que ofereça os mesmos resultados em todos eles são pré-requisitos para transformar uma empresa em franquia, de acordo com os consultores.
Veja, abaixo, o passo a passo para transformar um negócio próprio em franquia:

1) Registro de marca

Apesar de os especialistas recomendarem que toda empresa faça o registro de sua marca antes de começar a funcionar, nem sempre isso ocorre, segundo André Friedheim, da Francap, consultoria especializada em formatação de franquias. No mercado de franquias, no entanto, o registro é obrigatório.
"No franchising, o uso de uma marca é cedido a terceiros mediante a assinatura de contrato, portanto, é fundamental que ela seja protegida para evitar o uso indevido por pessoas de fora da rede", afirma Friedheim.

2) Diagnóstico da empresa

Nesta etapa, é necessário avaliar qual é o conceito do negócio, quais são os produtos ou serviços vendidos e qual é o público-alvo. Também é importante definir a identidade visual que será utilizada por toda a rede, avaliar quais são os concorrentes diretos e indiretos, mapear os pontos fortes e quais seriam os riscos do negócio.
"Existem 2.703 marcas de franquias no Brasil, segundo a ABF. É necessário ter um diferencial para não ser mais uma no mercado", afirma João Augusto Bueno, da Fabrica3, consultoria de formatação e expansão de redes.

3) Análise financeira
Verificar as receitas e as despesas é importante para saber quanto a franqueadora deverá cobrar de taxa de franquia, de fundo de publicidade e de royalties para manter a rede. Os royalties podem ser um valor fixo mensal, uma porcentagem sobre o faturamento ou sobre o volume de produtos adquiridos, se a franqueadora for fabricante dos itens comercializados.
"A análise deve considerar as taxas praticadas pela concorrência e se o negócio continuará sendo lucrativo, tanto para o franqueado como para a franqueadora, após o pagamento desses valores. Em alguns casos, chega-se à conclusão de que o negócio não é viável como franquia", diz Diego Simioni, da GoAkira, consultoria especializada em franquias. 
Ele cita como exemplo negócios que vendam produtos baratos, mas que exijam muitos treinamentos. Como o custo para treinar a equipe será alto, os royalties que mantém a rede também serão, o que pode prejudicar a lucratividade do franqueado.

4) Plano de expansão

Depois de analisar o mercado e a concorrência, é hora de definir em que cidades ou região as franquias devem ser instaladas. Segundo Bueno, o cuidado com as primeiras franquias deve ser grande, pois, se tiverem sucesso, elas serão responsáveis pelo crescimento da rede.
"O ponto deve ser escolhido com cautela e o negócio precisa ser acompanhado de perto para dar certo. Por isso, o indicado é que a expansão comece em um único eixo, para baratear e facilitar treinamentos e visitas de supervisão."
O empresário pode registrar um novo CNPJ ou alterar o contrato social da empresa já existente, incluindo as atividades da empresa franqueadora, de acordo com Simioni.
"Ter um novo CNPJ é recomendado, pois o regime tributário para a empresa franqueadora pode ser diferente do regime para o negócio que já existe", afirma.

5) Manuais de processos e gestão

Eles devem mostrar ao franqueado como tocar o negócio, desde a padronização da cor das paredes, como o produto ou serviço deve ser feito, como os funcionários devem ser recrutados, até a gestão do fluxo de caixa.
"Nesta etapa, o empresário também deve estruturar os programas de treinamento para os franqueados e suas equipes", diz Friedheim.

6) Estrutura jurídica

Envolve a redação da COF (Circular de Oferta de Franquia), que é apresentada ao candidato e deve conter informações específicas previstas na lei de franquias, como nome e contato de franqueados, unidades que fecharam etc., do pré-contrato e do contrato de franquia.
"A consultoria jurídica fará a blindagem da empresa contra eventuais riscos, como um franqueado que sai da rede após adquirir conhecimento sobre o negócio e abre uma empresa concorrente", afirma Bueno. 
Fonte: UOL (20/03/14)

quarta-feira, 19 de março de 2014

Para quem faz o orçamento em família




Com um visual que lembra o bloco de notas dos aparelhos da Apple, o app Orçamento Inteligente se destaca por oferecer a possibilidade de sincronização dos dados em diferentes aparelhos, permitindo que o orçamento seja compartilhado com toda a família. A versão gratuita é limitada a 30 transações. Disponível apenas para iOS

Para quem quer personalizar os registros



O app MoneyWise permite ao usuário editar as informações, podendo, por exemplo, escolher entre visualizar o orçamento semanalmente, mensalmente ou anualmente e nomear as categorias de gasto. Ele também possibilita a realização de backup para cartão de memória ou para o Dropbox, além de exportar os dados nos formatos HTML ou CSV. Gratuito e disponível apenas para Android

Para quem quer registrar apenas o básico




Com estrutura simples, o Organizze é idal para quem quer anotar apenas o básico. Na versão gratuita, permite registrar receitas e despesas, oferece um resumo do orçamento e a visualização de um gráfico de entradas e saídas. A versão paga custa 7,90 reais por mês no pacote anual e oferece relatórios e seções dedicadas a metas, lançamentos futuros e contas e cartões. App disponível apenas paraiOS.




Para registrar os gastos em tempo real




O app Finance é indicado para quem não desgruda do smartphone e gosta de anotar cada gasto, tão logo eles acontecem. Ele registra contas automaticamente, por meio da leitura do código de barras; possui um sistema de notificações para contas a pagar; e permite tirar fotos de recibos e notas fiscais e associá-las às transações. Gratuito e disponível para iOS eAndroid.