José Antonio Puppio é empresário, diretor presidente da Air Safety e autor do livro "Impossível é o que não se tentou"
Essa é a pergunta que todos os empresários desse País estão se fazendo. Passada a euforia das festas de final de ano, começa a vida novamente e as expectativas não são das melhores. Por quê? Caminhamos para um ano que, em nossa interpretação, já é característico da história econômica Brasileira, ou seja um permanente convívio com um ambiente de negócios carregado de incertezas, de baixo crescimento, imprevisível e instável.
Na prática, ambientes de negócios com estas características exigem dos administradores um esforço hercúleo e uma capacidade de malabarista para assegurar a sobrevivência da sua empresa e suportar as constantes flutuações econômicas. Além dessas características é preciso que o empresário brasileiro tenha flexibilidade para se adaptar rapidamente às mudanças e ainda identificar neste ambiente "oportunidades". O momento requer das empresas a estruturação de ações estratégicas de crescimento que incorporem capacidades únicas, para garantir a sua sobrevivência. Sem diferenciais competitivos, as empresas não terão motivos para existir.
Portanto, economicamente, o ano que chega, diferente do planejado e divulgado pela área econômica do governo, tem mostrado o pífio crescimento da economia, a alta da inflação, desaceleração da produção e imprevisibilidade. Assim, fica para os empresários um ambiente econômico para 2014, embora sem grandes mudanças, como um ano de natureza incerta. Apesar de grandes eventos previstos para o ano de 2014, podemos começar o planejamento estratégico do ano considerando-o como instável, sem perspectiva para a indústria e sem grandes investimentos por parte do governo em educação. E amargar um crescimento do PIB pouco acima dos 2%.
Se quisermos mudar esse cenário temos que cobrar do governo mudanças estruturais, que fortaleçam a indústria, gerando emprego e aumentando o mercado interno. Mas infelizmente, além de cobrar do governo, cabe a nós empresários e administradores, como resposta à tantas incertezas, estabelecer novas metas, motivações e aspirações aplicando novas tecnologias, criando um ambiente propício dentro das nossas empresas. Porque a situação atual do País me faz lembrar Charles Darwin: "Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais espertas, mas aquelas que melhor se adaptam às mudanças."
Vamos tentar aplicar isso em nossas empresas.
Fonte: DCI – SP
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