Segundo especialista, eleições geram cenários de incerteza e afetam mercado
Donos de pequenos e médios negócios dos setores de serviços e da indústria devem criar e rever estratégias para o possível baixo crescimento do Brasil em 2014.
Nesta quinta-feira (27/02), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do PIB de 2013. O país cresceu, no período, 2,3%. Segundo Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper, o resultado indica que o crescimento no Brasil, em 2014, deverá ser um pouco menor. “Por causa das eleições presidenciais, que impactam negativamente a economia por causa do cenário de incerteza”, diz.
Para não sentir tanto os efeitos do baixo crescimento, Nakagawa explica que o empreendedor deve ter uma postura um pouco mais conservadora, principalmente se for de um setor que sofra impacto negativo.
Uma das primeiras ações é estudar os processos da empresa e melhorá-los. “Um processo bem resolvido diminui os custos e aumenta a rentabilidade”, afirma.
Outra ação é rever todo o planejamento da empresa. Um exemplo, diz Nakagawa, é agendar as férias dos funcionários para os períodos de menor movimento do negócio. Também é adequado deixar os lançamentos do segundo semestre para o começo de 2015, um período com menos discussões políticas. “No começo de ano, os consumidores estão mais otimistas e com vontade de conhecer novidades”, afirma.
Negociações com fornecedores
O empreendedor deve negociar ainda com seus fornecedores. Uma das estratégias é pedir um prazo maior para pagamentos dos produtos comprados. “Caso algum problema aconteça na economia, a empresa ganha tempo para criar estratégias, vender e honrar os compromissos”, afirma Nakagawa.
O empreendedor deve ainda ficar atento ao estoque, caso seja dono de um comércio. “Produtos parados custam caro. E num cenário de incerteza, eles custam ainda mais. O empresário, de qualquer área, deve fazer essa lição de casa num ano em que o PIB pode ser bem baixo”, diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário